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O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é uma data importante para conscientizar a sociedade sobre as desigualdades de gênero e promover a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Quando se trata da saúde da mulher, essa data é uma oportunidade para destacar a importância do acesso equitativo aos serviços de saúde, prevenção e tratamento de doenças.

No Brasil, as mulheres enfrentam diversas questões de saúde, incluindo altas taxas de mortalidade materna, violência de gênero, acesso limitado a serviços de saúde sexual e reprodutiva e desigualdades na cobertura. A desigualdade de gênero também afeta a saúde mental das mulheres, com altas taxas de ansiedade e depressão. Historicamente no nosso país, as mulheres enfrentaram desafios significativos, incluindo o acesso limitado a cuidados médicos adequados e a falta de recursos financeiros para obter tratamento. Pesquisas mostram que as mulheres têm maior probabilidade de serem negligenciadas ou maltratadas no sistema de saúde.

Ao longo dos anos, houve muitas lutas e conquistas para melhorar a saúde das mulheres no Brasil. Uma dessas conquistas foi a Lei nº 9.263/1996, que estabeleceu políticas públicas para a saúde reprodutiva e sexual das mulheres, incluindo o acesso à contracepção e ao aborto em casos de estupro, risco de vida da mulher e anencefalia fetal.

No entanto, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. A mortalidade materna continua sendo um problema significativo no Brasil, com a maioria das mortes ocorrendo em mulheres negras e pobres. A violência obstétrica também é uma questão importante, com muitas mulheres sendo submetidas a práticas abusivas e desumanas durante o parto.

Além disso, a pandemia da Covid-19 expôs ainda mais as desigualdades na saúde das mulheres, com muitas enfrentando dificuldades no acesso aos serviços devido às restrições de mobilidade e à falta de recursos.

Para superar esses desafios, é necessário continuar lutando por políticas e programas que garantam o acesso equitativo à saúde para todas as mulheres brasileiras, independentemente de sua raça, classe social ou orientação sexual. É fundamental também a promoção da educação em saúde e a participação ativa do Controle Social para que as mulheres possam tomar decisões informadas sobre seus corpos e direitos. A conscientização e o engajamento da sociedade são fundamentais para a promoção da saúde das mulheres e para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

O Dia Internacional da Mulher é um momento para lembrar que todas as mulheres têm direito a serviços de saúde de qualidade, incluindo acesso à saúde sexual e reprodutiva, serviços de planejamento familiar e atenção adequada durante a gravidez e o parto. Também é importante destacar a importância da prevenção e tratamento de doenças como o câncer de mama e de colo de útero, que afetam as mulheres de forma desproporcional.

Em resumo, o Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade para destacar a importância da saúde das mulheres e promover a igualdade de direitos e acesso aos serviços de saúde para todas as mulheres.

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ