A mesa temática da 7ª Conferência Estadual de Saúde do Rio de Janeiro - “Saúde Pública de Qualidade para Cuidar Bem das Pessoas: Direito do povo Brasileiro” - contou com palestras de importantes nomes da área de saúde
A primeira a falar foi a Subsecretária de Saúde do Rio de Janeiro, Mônica Almeida. Segundo ela, é preciso discutir mais a fundo os Consórcios de Saúde: “O modelo, que tem resolvido problemas em alguns estados na área da Gestão Hospitalar, precisa ser mais discutido. É preciso que ele ganhe mais musculatura; precisamos abrir uma discussão maior sobre este tema”. Mônica completou enaltecendo a importância das Conferências Estaduais.
A segunda palestrante, a ex- Secretária de Saúde de Belo Horizonte, Conceição Rezende, lembrou que o SUS completa 27 anos no dia 03 de outubro. Ela ressaltou que a saúde é o mais importante dos direitos do brasileiro e citou os artigos 196 e 198 da Constituição, que implicam ao serviço público cuidar da saúde do povo. Finalizou sua participação falando que o SUS precisa reagir a proposta de privatização do Sistema.
Para Maria Inês Bravo, professora da Faculdade de Serviço Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a crise política, econômica e mundial e a recessão brasileira são pontos que dificultam muito a situação da saúde. Ela defendeu a reforma sanitária e criticou a emenda constitucional 86/2015, que retira recursos da saúde pública.
O último palestrante, o médico e professor, o Dr. Ruben Mattos, abordou as questões igualitárias. “Cada vez que uma pessoa é mal atendida no SUS, surge mais um cliente sonhando com um plano de saúde”. E concluiu: “É preciso construir um SUS de qualidade”.
Quando a mesa foi aberta para as perguntas, o clima esquentou.Representantes das regiões e de grupos sociais tiveram a oportunidade de reivindicar mudanças e criticar o modelo atual.
Obesidade mórbida, saúde bucal, saúde da mulher e a independência dos conselhos estiveram no centro das discussões.
Texto: Guilherme Ranieri - Fotos: Mauricio Bazilio
