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Redução de investimentos em prevenção de doenças foi de 33% no país

 

O ressurgimento do sarampo e os altos índices de contaminação e mortes pelo vírus da gripe H1N1podem estar relacionados ao desinvestimento governamental em ações de prevenção epidemiológicas no país. Segundo reportagem do jornal O Globo no início do ano, "o governo federal não só não avançou, como reduziu em 33%, no ano passado, os repasses para ações voltadas a situações de emergências epidemiológicas. O investimento nessas atividades em relação a 2016 (incluindo construção, modernização e aquisição de equipamentos para centros de controle, vigilância e prevenção de zoonoses) caiu de cerca de R$ 30 milhões para R$ 20 milhões".

Com relação ao vírus H1N1, o número de mortes triplicou no Brasil. "São 839 vítimas até 14 de julho, segundo dados do Ministério da Saúde. Considerado mais agressivo, o tipo H1N1 do vírus é o que mais circula no País. O total de óbitos já é 68% maior do que o relatado em todo o ano de 2017". (trecho reportagem R7). A principal justificativa para este aumento é de que esta seria uma versão do vírus "mais agressiva".

Os casos de sarampo também preocupam as autoridades e os brasileiros que tem filhos pequenos. Erradicado no Brasil em 2016, quando o país recebeu da Organização Mundial da Saúde o certificado de eliminação da circulação do vírus, a baixa imunização em 2017 fez com que 20 estados e o Distrito Federal não alcançassem a meta de imunizar 95% das crianças. Os piores índices são no Pará, São Paulo e Acre. Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos da doença: em Roraima e no Amazonas. E há casos confirmados em outros quatro estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Rondônia. (O Globo

Os últimos dados oficiais no Rio de janeiro sobre o avanço do sarampo dão conta de que “a cobertura vacinal decresceu, segundo dados do Ministério da Saúde, e o índice no Estado está em 74%, quando o recomendado é de 95%”. No Brasil, são 667 casos confirmados de sarampo

Informações da OPAS/OMS Brasil, de 2000 a 2016, a vacinação contra o sarampo evitou aproximadamente 20,4 milhões de mortes. As mortes por sarampo em todo o mundo diminuíram em 84% – de 550.100 em 2000 para 89.780 em 2016. No Brasil, parece que o quadro é diferente. 

 

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ