BRASÍLIA – Nos dias 19 e 20 de fevereiro, a conselheira estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Denise Marchon, representante da Região Metropolitana II, participou de reuniões importantes em Brasília para abordar as denúncias de violência obstétrica em maternidades públicas.
No primeiro dia, Denise se reuniu com as técnicas Luiza Acioli (DAHU) e Gizelle Silva, consultora técnica -Rede Alyne/DAHU/SAES/ MS, do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência (DAHU). Durante o encontro, foi solicitada uma intervenção urgente em resposta às diversas queixas recebidas. As técnicas se comprometeram a realizar pesquisas sobre as denúncias e a propor adequações ao Programa Nacional de Atenção ao Parto, com o intuito de coibir práticas prejudiciais às parturientes.

No dia seguinte, a conselheira encontrou-se com a representante da Ouvidora Geral do SUS, Conceição Rezende, onde propôs a criação de um canal direto entre as maternidades e as puérperas. Essa iniciativa permitirá que as mulheres compartilhem suas experiências pós-parto, possibilitando o monitoramento da qualidade do atendimento e a redução de práticas que têm causado graves sequelas às mães e bebês.
O estado do Rio de Janeiro teve entre 2019 e 2023, uma média de sete casos anuais de violência contra mulheres na hora do parto. São registros de xingamentos, abandono por parte do corpo médico de maternidades e unidades de saúde e até de negação do direito da mulher optar pelo parto normal ou cesariano, de acordo com dados levantados pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Associação de Doulas do Rio de Janeiro (ADoulas RJ).

Essas ações representam um passo fundamental do Controle Social na Saúde na luta por um parto humanizado e seguro para todas as mulheres. Denise Marchon recebeu a confirmação de que suas solicitações serão atendidas, e foi informada de que as técnicas visitarão o Rio de Janeiro em breve para uma reunião com o Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (CES/RJ).
Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ