CES-RJ 05/08/2019, BRASÍLIA-DF
Mesas de debates, grupos de trabalho e ato marcaram o segundo dia de conferência
O segundo dia da 16ª Conferência Nacional de Saúde teve início com as mesas de debates, que serviram como orientações e subsídios para as discussões nos Grupos de Trabalho, no início da tarde.
A Mesa de Debate 2 tratou da Consolidação dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e teve como palestrantes Jussara Cony, farmacêutica, militante do Movimento de Saúde e participante da 8ª Conferência Nacional de Saúde, Alcindo Antonio Ferla, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e representante da Rede Unida, Aristides Santos, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Maria do Socorro de Sousa, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília.
Já a Mesa de Debate 3 teve como tema o Financiamento adequado e suficiente para o SUS. Os palestrantes foram: Élida Graziane, procuradora do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo, André Luiz de Oliveira, coordenador da Comissão Internacional de Orçamento e Financiamento (Cofin) do CNS e conselheiro nacional de saúde pelo segmento de usuários, Ronald Ferreira dos Santos, presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e coordenador do “Saúde +10” e Arionaldo Bonfim Rosendo, subsecretário de Planejamento e Orçamento do Ministério da Saúde.
No início da tarde, após o almoço, diversas atividades foram realizadas nas tendas da Fiocruz, CNS, Ministério da Saúde, dentre outras. O destaque ficou por conta da tenda Paulo Freire, com o SUS EmCena. Atividades autogestionadas também chamaram a atenção dos delegados e delegadas, com destaque para o debate sobre as fake news na saúde e suas graves consequências para a saúde da população. Outro destaque foi a Sala de Práticas Integrativas Neide Rodrigues, local de tratamentos alternativos de saúde como reikki, medicina indígena, acumpuntura, etc.
A profusão de atividades fizeram com que as delegações, imersas no ambiente de profundo debate da saúde brasileira, se misturassem num mar de gente pelos corredores, salas, pátios e tendas.
Neste meio tempo, os Grupos de Trabalho começaram suas atividades de maneira intensa. As propostas, os eixos e as diretrizes da 16ª CNS foram debatidas com muito empenho e com defesas até mesmo ferrenhas. O tema central da 16ª CNS, Democracia e Saúde: Saúde como direito, consolidação e financiamento do SUS, permite que os delegados e delegadas possam propor exatamente o que o Sistema Único de Saúde tanto necessita.
O grande ato pela saúde
Marcando o Dia Nacional da Saúde, os participantes da Conferência realizaram o Ato Nacional Unificado “Saúde, Democracia e Direitos Sociais”, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), em frente ao Museu Nacional da República, tendo início por volta das 17:30. Os milhares de participantes da 16ª CNS foram transportados de ônibus até próximo à Esplanada dos Ministérios, local onde puderam extravasar suas vontades e objetivos com relação à defesa do SUS e contra os ataques que ele vêm sofrendo ao longo destes mais de trinta anos de criação. O destaque ficou por conta do manifesto em defesa da saúde lido e entregue ao CNS por três ex-ministros da Saúde. Deputados, sindicalistas, representantes dos movimentos estudantis, sociais e indígenas tiveram direito à voz do alto do carro de som.
Participantes do ato
As Conferências Nacionais de Saúde são o maior espaço de debate popular sobre a saúde do nosso país e a cada quatro anos reúne milhares de atores das mais diversas áreas e seguimentos da sociedade, todos juntos em defesa de uma saúde pública, universal, de qualidade e gratuita. Este é o momento máximo do Controle Social na saúde pública. A 16ª CNS começou anteontem, dia 04 de agosto e vai até quarta-feira, dia 07. O seu Relatório Final é a ferramenta principal para orientar os planos anuais e plurianuais de saúde.
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Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ