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Leia mais: UFRJ estima pico da pandemia no início de junho: lockdown é necessário

Assessoria de Imprensa do Gabinete da Reitora

foto: Ana Marina Coutinho (Coordcom/UFRJ

 

Com base em dados gerados por modelo computacional desenvolvido pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ), pesquisadores recomendam lockdown (isolamento/bloqueio total) no estado do Rio, caso não haja uma redução rápida na velocidade de transmissão.

 

De acordo com os cientistas da UFRJ, o número de infectados no estado poderá chegar a 40 mil no pico da pandemia, previsto para a primeira quinzena de junho. O modelo foi configurado considerando que cada pessoa infectada é capaz de transmitir o vírus para outras 2,46 pessoas em média. 

 

O estudo inclui somente os casos de COVID-19 confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio. A pesquisa é coordenada por Guilherme Travassos (Coppe), Roberto Medronho (Faculdade de Medicina/UFRJ) e Claudio Miceli de Farias, (Coppe e Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais − NCE).

 

Capaz de calcular diariamente as previsões com base na evolução dos dados notificados e disponíveis, desde o início da pandemia, a ferramenta prevê o número de pessoas que poderão ser infectadas pela doença provocada pelo novo coronavírus, bem como estima o número de óbitos em decorrência da doença no estado do Rio, cuja população é de 17,2 milhões. 

 

“O modelo estima que o número de casos de COVID-19 confirmados no período de pico deverá chegar a cerca de 40 mil casos notificados, levando em conta que apenas 9% dos casos são notificados. O número de óbitos poderá chegar a 30 mil pessoas ao final da pandemia, de acordo com o modelo utilizado, caso se mantenha o cenário atual, no qual apenas cerca de 50% da população fluminense segue as orientações de confinamento”, alerta Miceli.

 

É preciso ter 800 ventiladores pulmonares novos funcionando

 

Os pesquisadores defendem lockdown imediato como forma mais eficaz, no momento, para poupar vidas e também evitar o colapso no sistema de saúde. A modelagem indica que, durante o pico, serão necessários 800 ventiladores pulmonares novos funcionando, simultaneamente, sem contar os que já estarão em uso pelos pacientes que adoeceram antes. 

 

Medronho, que lidera o Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da COVID-19 da UFRJ, explica que as medidas de isolamento social adotadas têm contribuído para reduzir o número de casos, mas que não são suficientes para eliminar a necessidade de o estado precisar contar com milhares de leitos e inúmeros respiradores. 

 

É possível uma segunda onda de epidemia

 

 “A adoção do lockdown é necessária, tendo em vista o comportamento da população até o momento e a insuficiência de infraestrutura hospitalar do Rio de Janeiro. É a forma mais eficaz de frear a contaminação de pessoas. Os países que adotaram essa medida, como a França, já estão retornando suas atividades. O mesmo já poderia estar acontecendo no Rio de Janeiro, caso isso fosse feito”, lamenta Medronho, acrescentando que, caso a vacina não chegue a tempo, enfrentaremos uma segunda onda de epidemia, cujo período ainda não é possível estimar.

 

Os resultados do modelo têm como base os dados epidemiológicos acumulados dos casos notificados de 20/2 a 2/5. A partir desse período, os pesquisadores calcularam a evolução da pandemia pela linha do tempo, utilizando o dia 3/5 como ponto de partida para as simulações, data que os pesquisadores afirmam que deve ser usada como referencial para interpretação dos resultados.

 

Modelo calcula com rapidez a evolução da pandemia 

 

Guilherme Travassos explica que o grande diferencial desse modelo está na realimentação rápida, evolução temporal e visualização de forma clara do estado da pandemia. Para isso, desenvolveram um indicador inspirado em um velocímetro, batizado de “covidímetro”, que sinalizará o grau de risco de colapso no sistema de saúde.

 

Em breve, o indicador e as previsões de novas infecções estarão disponíveis para o público no site de acompanhamento do novo coronavírus (https://dadoscovid19.cos.ufrj.br), no ar desde o início de abril, mostrando todos os casos notificados. 

 

“Desenvolvemos um modelo estruturado para recalcular, automaticamente e com confiabilidade, o cenário futuro. Ele possibilita visualizar as consequências das atitudes tomadas há 15 dias da data de análise, o que o torna uma ferramenta importante para os gestores governamentais. Também conta com um “velocímetro” para que a população possa ver a evolução dos casos e das previsões, todos os dias, pela internet. Mas é necessário registrar que o modelo é alimentado por dados organizados e fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio que podem sofrer variações por problemas de notificação, entre outras ocorrências que influenciam os resultados”, conclui Travassos.

Leia mais: Manifesto do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro

O Conselho Estadual de Saúde do Estado do Rio de Janeiro vem através desta manifestação repudiar a falta de ação e falta de transparência dos gestores públicos que, diante de um quadro grave de saúde que atinge todo o estado do Rio de Janeiro não conseguem estabelecer medidas preventivas efetivas à corrupção e mau uso do dinheiro público que evitem os esquemas criminosos de enriquecimento das quadrilhas, de empresários que como abutres cercam o moribundo esperando o momento mais propício, diante da dor e da falta de forças, para o golpe final. Os abutres não escolhem partido, espaço geográfico ou situação, são despatriados por opção, porque escolheram a corrupção e a exploração da dor alheia. Os vorazes por dinheiro nunca estão satisfeitos com seus ganhos do mercado. Precisam superfaturar, criar esquemas para depenar, destruir e assassinar a esperança da população.

 

Diante das denúncias de escândalos de contratos eivados de irregularidades, compras de equipamentos com valores superdimensionados, práticas de exploração aos profissionais de saúde, falta de cumprimento de vários itens dos contratos que foram celebrados pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) para o enfrentamento do Covid19, temos exigido que a SES não poupe esforços para tornar transparente todas as medidas que estão sendo tomadas por este Conselho para evitarmos maiores prejuízos à população do estado do Rio de Janeiro. Além de rigorosa apuração das denúncias veiculadas pela mídia, muitas já em curso de investigação por parte do Ministério Público (MPRJ) e Tribunal de Contas do Estado (TCE).

 

Os conselhos municipais atuam na formulação e proposição de estratégias e no controle da execução das Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros, tal definição tem base na legislação em vigor, mas infelizmente ainda assistimos os conselhos serem apenas acessórios deste processo. Não somos ouvidos e, tão pouco, participamos das decisões; os gestores insistem em nos manter como órgão deliberativo apenas quando precisam aprovar seus recursos e investimentos. Os conselhos estão sempre à margem do processo decisório e das políticas implementadas e acreditamos que não podemos mais aceitar este papel.

 

Diante das dificuldades e realidades de nossos municípios, num momento crucial de investimento no sistema público de saúde para salvar vidas, no lugar de seriedade e qualidade dos serviços, encontramos quadrilhas travestidas de organizações sociais ganhando milhões. Isso nos exige tomar uma posição. Temos lado e o nosso lado é o da defesa do SUS e dos recursos públicos. Essa relação do trato da coisa pública é perversa e não podemos admitir que continue. Essa banalização da vida de milhares de cidadãs e cidadãos precisa parar. Nos colocamos à disposição para junto a SES exigir que as ações, mesmo as emergenciais, tenham o acompanhamento efetivo e análise de todos os segmentos que compõem o Conselho Estadual de Saúde e que a transparência dessas ações nos cheguem de forma breve como exige a situação.

 

Rio de Janeiro, 22 de maio de 2020

Conselho Estadual de Saúde do RJ

Leia mais: Apoio do CES-RJ às medidas de isolamento social, à Campanha do CNS para a unificação de todos os...

NOTA PÚBLICA

Apoio do CES-RJ às medidas de isolamento social, à Campanha do CNS para a unificação de todos os leitos de UTI (fila única) e às medidas econômicas que garantam o direito da população à quarentena

A Comissão Executiva do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro  comunica que apoia as medidas de isolamento social como  a única forma até agora cientificamente comprovada de conter os efeitos deletérios da pandemia da Covid-19, principalmente no que diz respeito ao colapso da rede hospitalar por excesso de pacientes, demandando cuidados intensivos.

Informa ainda que apoia a campanha do Conselho Nacional de Saúde para unificação de todos os leitos de UTI disponíveis sob gerência do Sistema Único de Saúde (SUS). Medida ética e política que garanta que o acesso aos mesmos se dê por critérios técnicos e não pelo poder econômico.

Também esclarecemos que apoiamos medidas econômicas que garantam o direito à quarentena do conjunto da população. É inadmissível que protelações burocráticas estejam impedindo o acesso a população da renda emergencial de 600 reais. Lamentamos ainda a forma pouco planejada que esses pagamentos vêm sendo feitos. Tornando seu recebimento um risco sanitário devido às aglomerações. Medidas de renda mínima devem ser implementadas, além da ajuda aos pequenos e médios empresários para que não demitam ou reduzam salários, minimizando assim os efeitos da quarentena.

É preciso ainda que a população entenda que medidas bairristas não resolverão a questão hospitalar que tende a se tornar cada vez mais aguda. O SUS deve ser pensado cada vez mais como uma rede nacional.

Precisamos combater os discursos negacionistas em relação à pandemia. Eles literalmente matam. É preciso que autoridades públicas e sociais entendam sua responsabilidade neste momento.

Os profissionais de saúde devem ser valorizados e cuidados nesse momento. São soldados imprescindíveis em uma batalha onde lutam para salvar nossas vidas e de nossos entes queridos. É aberrante que se esteja discutindo nesse momento congelamentos salariais que os envolvam.  Devem ser protegidos principalmente no que tange ao fornecimento adequado de equipamentos de proteção.

De resto, é importante que o controle social (Conselho Nacional de Saúde, conselhos estaduais e municipais) esteja participando como parte dos gabinetes de crise. Representamos constitucionalmente a sociedade na tarefa de fiscalização e gerenciamento do SUS.

Não podemos ser excluídos desse momento.

 

Comissão Executiva do CES-RJ

Rio de Janeiro, 13 de maio de 2020

 

Leia mais: 12 de maio – Dia Internacional da Enfermeira (do Enfermeiro)

O Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro rende homenagem a esses 90% de mulheres e esses 10% homens profissionais que tem tido um protagonismo essencial para vencermos a pandemia que o Brasil e o mundo enfrentam.

 

Precisamos ressaltar que para os atores do controle social do SUS não foi surpresa a atuação e dedicação dessas trabalhadoras frente à pandemia do covid-19.

 

Nós que acompanhamos e fiscalizamos as políticas e ações de saúde, sempre soubemos da importância dessa categoria que, numericamente, já corresponde a 62% da força de trabalho na saúde.

 

Não bastasse estarem inseridas em todas as políticas e ações de saúde, acredite, nenhuma delas teria sequer saído do papel sem participação da enfermagem através de suas representações: Associação Brasileira de Enfermagem, Sindicatos de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem, Sociedade de Especialistas, entre outros, regulados pelo Conselho Federal e Conselhos Regionais de Enfermagem que regram seus campos de atuação e limites de ação, respeitando sempre a multiprofissionalidade exigida no SUS.

 

Neste ano de 2020, estamos comemorando a 81ª Semana Brasileira de Enfermagem (Decreto Presidencial 48.202/1960 de Juscelino Kubitschek). Nela, a enfermagem, através da ABEn (entidade associativa com 94 anos de existência no Brasil), é pautada suas reflexões acerca do trabalho, ensino, pesquisa e gestão na saúde. Neste ano o tema escolhido foi: QUALIDADE EM ENFERMAGEM E SAÚDE NA DEFESA DO SUS, e eles sequer sabiam, há um ano, quando escolheram o tema, que de 12 a 20 de maio estaríamos no pico de óbitos da maior pandemia que assolou o mundo. Onde estão os enfermeiros e técnicos de enfermagem para além dos hospitais de campanha? Respondemos: na Vigilância Sanitária, Ambiental e em Saúde, nas auditorias , ouvidorias, postos de saúde, nas centrais de regulação de vagas, nos transplantes, no atendimento à população de rua, aos privados de liberdade, na Defesa Civil das calamidades, pesquisa e entre outras; ocupam diversos cargos de gestão das secretarias municipais e estaduais e no Ministério da Saúde. Ainda não ousamos ter uma enfermeira Ministra da Saúde. Esse cargo tem sido destinado a homens brancos, com vários títulos, mas, acreditem, aqueles que apresentaram o melhor desempenho no ministério, tiveram sempre uma enfermeira lhe assessorando.

 

No Controle Social, raros são os conselhos de saúde e de outras áreas sociais onde a enfermagem não esteja representada, às vezes nos segmentos dos profissionais de saúde, às vezes no segmento gestor. Muito raramente compõem o segmento usuário, pois entendem que o conhecimento da categoria e suas informações técnicas e científicas lhes privilegiariam uma diferenciação perigosa em relação aos demais cidadãos. O CES reconhece que falta ainda à enfermagem reconhecimento social, jornada de trabalho de 30 horas, há décadas tramitando no Congresso Nacional, garantia de material de proteção para o trabalho, salários dignos, condições adequadas de trabalho, a sua segurança e a do paciente, Planos de Carreira, Cargos e Salário que legitimem sua progressão e promoção na equipe de saúde.

 

Apesar dessas condições que descrevemos acima, não temos dúvidas que não são impeditivas para o compromisso dessa categoria com a população, em especial nesse momento da pandemia. Cerca de 80 profissionais já morreram no Brasil pela pandemia, mais que na Espanha e Inglaterra somadas. Nós, do CES, não queremos mais nenhuma morte de nenhum profissional que são cidadãos e que precisam viver para suas famílias e para as famílias daqueles que são cuidados por eles. Diz o provérbio que “nas grandes batalhas da vida o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer”. Nós, do CES, temos certeza que para cada enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem este é o motivo que os fazem sair de casa diariamente para trabalhar porque acreditamos em vocês da enfermagem. Temos certeza que vamos vencer a pandemia desde que a população FIQUE EM CASA!

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Precisamos ressaltar que para os atores do controle social do SUS não foi surpresa a atuação e dedicação dessas trabalhadoras frente à pandemia do covid-19.

 

Nós que acompanhamos e fiscalizamos as políticas e ações de saúde, sempre soubemos da importância dessa categoria que, numericamente, já corresponde a 62% da força de trabalho na saúde.

 

Não bastasse estarem inseridas em todas as políticas e ações de saúde, acredite, nenhuma delas teria sequer saído do papel sem participação da enfermagem através de suas representações: Associação Brasileira de Enfermagem, Sindicatos de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem, Sociedade de Especialistas, entre outros, regulados pelo Conselho Federal e Conselhos Regionais de Enfermagem que regram seus campos de atuação e limites de ação, respeitando sempre a multiprofissionalidade exigida no SUS.

 

Neste ano de 2020, estamos comemorando a 81ª Semana Brasileira de Enfermagem (Decreto Presidencial 48.202/1960 de Juscelino Kubitschek). Nela, a enfermagem, através da ABEn (entidade associativa com 94 anos de existência no Brasil), é pautada suas reflexões acerca do trabalho, ensino, pesquisa e gestão na saúde. Neste ano o tema escolhido foi: QUALIDADE EM ENFERMAGEM E SAÚDE NA DEFESA DO SUS, e eles sequer sabiam, há um ano, quando escolheram o tema, que de 12 a 20 de maio estaríamos no pico de óbitos da maior pandemia que assolou o mundo. Onde estão os enfermeiros e técnicos de enfermagem para além dos hospitais de campanha? Respondemos: na Vigilância Sanitária, Ambiental e em Saúde, nas auditorias , ouvidorias, postos de saúde, nas centrais de regulação de vagas, nos transplantes, no atendimento à população de rua, aos privados de liberdade, na Defesa Civil das calamidades, pesquisa e entre outras; ocupam diversos cargos de gestão das secretarias municipais e estaduais e no Ministério da Saúde. Ainda não ousamos ter uma enfermeira Ministra da Saúde. Esse cargo tem sido destinado a homens brancos, com vários títulos, mas, acreditem, aqueles que apresentaram o melhor desempenho no ministério, tiveram sempre uma enfermeira lhe assessorando.

 

No Controle Social, raros são os conselhos de saúde e de outras áreas sociais onde a enfermagem não esteja representada, às vezes nos segmentos dos profissionais de saúde, às vezes no segmento gestor. Muito raramente compõem o segmento usuário, pois entendem que o conhecimento da categoria e suas informações técnicas e científicas lhes privilegiariam uma diferenciação perigosa em relação aos demais cidadãos. O CES reconhece que falta ainda à enfermagem reconhecimento social, jornada de trabalho de 30 horas, há décadas tramitando no Congresso Nacional, garantia de material de proteção para o trabalho, salários dignos, condições adequadas de trabalho, a sua segurança e a do paciente, Planos de Carreira, Cargos e Salário que legitimem sua progressão e promoção na equipe de saúde.

 

Apesar dessas condições que descrevemos acima, não temos dúvidas que não são impeditivas para o compromisso dessa categoria com a população, em especial nesse momento da pandemia. Cerca de 80 profissionais já morreram no Brasil pela pandemia, mais que na Espanha e Inglaterra somadas. Nós, do CES, não queremos mais nenhuma morte de nenhum profissional que são cidadãos e que precisam viver para suas famílias e para as famílias daqueles que são cuidados por eles. Diz o provérbio que “nas grandes batalhas da vida o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer”. Nós, do CES, temos certeza que para cada enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem este é o motivo que os fazem sair de casa diariamente para trabalhar porque acreditamos em vocês da enfermagem. Temos certeza que vamos vencer a pandemia desde que a população FIQUE EM CASA!

Leia mais: CNS faz solicitação para que o Ministério da Saúde elabore plano de apoio às pessoas com doenças...

O CNS aprovou, ad referendum, uma recomendação para o Ministério da Saúde apresentar medidas de proteção e planos de apoio às pessoas com doenças crônicas e patologias. O objetivo é reduzir o risco de desenvolvimento de comorbidades e óbitos, durante a pandemia do Novo Coronavírus.

O documento considera informações de periódicos científicos nacionais e internacionais sobre a infecção por Covid-19 em pessoas doenças crônicas e outras patologias, que podem representar em torno de 25% a 50% dos pacientes infectados e apresentam maiores taxas de mortalidade devido à dificuldade de recuperação dos sintomas graves dessas pessoas.

Leia a recomendação na íntegra: https://bit.ly/2W0khd4

A Comissão Executiva do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, reunida por videoconferência hoje, dia 5 de maio de 2020, em virtude da pandemia do novo coronavírus, deliberou em nome do Colegiado do CES-RJ pela subscrição, na íntegra, da Carta Aberta do Conselho Nacional de Saúde em defesa da vida, da democracia e do SUS publicada no dia 29 de abril de 2020.

Leia mais: Conselho Estadual de Saúde do RJ subscreve carta aberta do Conselho Nacional de Saúde em defesa da...

Carta Aberta do Conselho Nacional de Saúde e do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro em defesa da vida, da democracia e do SUS

Todo apoio às medidas sanitárias e econômicas para proteger a saúde da população brasileira

Nesse momento de pandemia que o mundo e o Brasil sofrem, e de todas as dificuldades enfrentadas pelas trabalhadoras e pelos trabalhadores nas cidades, nas periferias e no campo, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (CES-RJ) – instâncias colegiadas, deliberativas e permanentes do Sistema Único e Saúde (SUS) – reiteram o alerta para que a população continue em casa, mantendo o isolamento social, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O quadro epidemiológico do país se agrava rapidamente, à medida que o coronavírus começa a atingir as camadas mais pobres da população, num contexto em que a gritante subnotificação e a falta de testes nos impedem de saber a verdadeira dimensão e evolução da Covid-19. Além do mais, considerando a prevalência de doenças transmissíveis como dengue, zika, chikungunya, malária, sarampo e influenza, o estresse causado pelo coronavírus sobrepõe-se às necessidades relacionadas às doenças crônicas (diabetes, hipertensão, neoplasias etc.) e às causas externas – principais causas de morbimortalidade no Brasil.

Não bastasse atitudes irresponsáveis, criminosas e genocidas, além da campanha de desinformação disseminada pelo Presidente da República, o Ministro da Economia Paulo Guedes aplicou e aplica uma política de austeridade fiscal danosa, que se encontra sob fogo cruzado nas principais economias do mundo, inclusive por aquelas que a defendiam como única alternativa pouco tempo atrás.

Dada à regra do teto de gasto da União, estabelecida pela Emenda Constitucional n.º 95, que retirou R$ 22,5 bilhões do SUS desde 2018, a liberação de recursos tem sido pequena para o combate da Covid-19, quer para as ações de saúde (menos de 11% do orçamento federal) – onde a atenção primária cumpre papel essencial na prevenção e no controle do contágio, quer para as ações econômicas – contribuindo para que a adesão da população à quarentena tenha ficado abaixo dos 70% recomendado.

Devido à falta de transparência das informações, assistimos atônitos a subida do número de casos e óbitos, diante do colapso da oferta de leitos do SUS: o Brasil passa dos 70 mil infectados e tem mais de 5 mil mortes, bem como o governo só entregou 350 dos 2 mil leitos novos de UTI prometidos para enfrentar a doença. O número de mortes no Brasil, em média, está dobrando a cada cinco dias e, em vários lugares, os sistemas de sepultamentos já estão, também, colapsando.

Diante do Decreto de Calamidade Pública, o atual Ministro da Saúde, Nelson Teich não pode omitir-se diante de tais fatos, tampouco compactuar com qualquer tipo de sabotagem ao combate à doença e à economia popular, jamais renunciando ao objetivo de salvar vidas, preservar empregos e cuidar dos profissionais da saúde. Atender a pauta econômica, sobrepondo a necessidade de zelar pela vida dos cidadãos e cidadãs, não é uma estratégia segura nem coerente neste momento. Capital se ganha, se perde e se recupera novamente, mas vidas perdidas não podem ser recuperadas.

Pautado pelos princípios éticos que norteiam a administração pública, o CNS e o CES-RJ são comprometidos com a efetividade do gasto público, garantida entre outras medidas com a lisura e transparência dos contratos, coibindo sobrepreço e superfaturamento. Contudo, a falta de coordenação tripartite e a política desastrosa de Paulo Guedes estrangulam a destinação de verbas para estados e municípios, para pequenas e médias empresas, para os trabalhadores formais, informais e desempregados, inviabilizando na prática as estratégias de isolamento social das famílias brasileiras.

Esse artifício promove de modo irresponsável e obscuro uma falsa dicotomia entre saúde e economia. Não temos dúvida de que as mortes causadas pelo novo coronavírus pesarão sobre os ombros do governo Bolsonaro, em meio à crescente crise política e ao desarranjo do pacto federativo inaugurado na Constituição de 1988, e pode culminar no seu impeachment.

Representando os anseios da sociedade brasileira e do conjunto dos conselhos estaduais e municipais de saúde, o Conselho Nacional de Saúde, além do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, se dirigem às forças políticas democráticas e progressistas e as instituições da República, conclamando-as a construir um acordo suprapartidário, em defesa da vida, da democracia e do SUS, num gesto de grandeza e retidão neste grave momento da vida nacional.

Nessa direção, pedimos o apoio da Academia Brasileira de Ciências, da Associação Brasileira de Imprensa, da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e de todas as entidades do Movimento da Reforma Sanitária Brasileira para somar esforços e para pressionar em caráter de urgência o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal na defesa das seguintes propostas:

  • revogação permanente do teto de gastos (EC 95);
  • aplicação imediata de dinheiro novo no SUS e aprovação de piso emergencial em 2021, com incorporação definitiva dos créditos extraordinários ao orçamento da pasta da saúde;
  • aprovação de Projeto de Lei, onde os leitos de UTI da rede privada obedeçam à fila única do SUS, respeitando definições de uma central regulatória de leitos e as unidades de referência definidas pelo governo federal;
  • aplicação imediata de dinheiro novo nas universidades, centros de pesquisa e laboratórios, preferencialmente públicos, e aprovação de piso emergencial na área de ciência e tecnologia em 2021;
  • aprovação de Projeto de Lei que ampare e auxilie os dependentes de profissionais de saúde que morreram e os que vierem a morrer no exercício de suas funções,em decorrência da Covid-19..
  • Entre a civilização e a barbárie, entre o direito fundamental à vida e o lucro, estamos seguros de qual caminho o Brasil precisa escolher: CIVILIZAÇÃO E VIDA.

    Brasília, 29 de abril de 2020.

    Conselho Nacional de Saúde (CNS)

    Subscrita pelo Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (CES-RJ)

    Rio de Janeiro, 5 de maio de 2020.

    DOCUMENTO ORIGINAL PUBLICADO EM 29/04/2020

    A Comissão Executiva do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, reunida por videoconferência hoje, dia 5 de maio de 2020, em virtude da pandemia do novo coronavírus, deliberou em nome do Colegiado do CES-RJ pela subscrição, na íntegra, da Carta Aberta do Conselho Nacional de Saúde em defesa da vida, da democracia e do SUS publicada no dia 29 de abril de 2020.

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    Carta Aberta do Conselho Nacional de Saúde e do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro em defesa da vida, da democracia e do SUS

    Todo apoio às medidas sanitárias e econômicas para proteger a saúde da população brasileira

    Nesse momento de pandemia que o mundo e o Brasil sofrem, e de todas as dificuldades enfrentadas pelas trabalhadoras e pelos trabalhadores nas cidades, nas periferias e no campo, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (CES-RJ) – instâncias colegiadas, deliberativas e permanentes do Sistema Único e Saúde (SUS) – reiteram o alerta para que a população continue em casa, mantendo o isolamento social, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    O quadro epidemiológico do país se agrava rapidamente, à medida que o coronavírus começa a atingir as camadas mais pobres da população, num contexto em que a gritante subnotificação e a falta de testes nos impedem de saber a verdadeira dimensão e evolução da Covid-19. Além do mais, considerando a prevalência de doenças transmissíveis como dengue, zika, chikungunya, malária, sarampo e influenza, o estresse causado pelo coronavírus sobrepõe-se às necessidades relacionadas às doenças crônicas (diabetes, hipertensão, neoplasias etc.) e às causas externas – principais causas de morbimortalidade no Brasil.

    Não bastasse atitudes irresponsáveis, criminosas e genocidas, além da campanha de desinformação disseminada pelo Presidente da República, o Ministro da Economia Paulo Guedes aplicou e aplica uma política de austeridade fiscal danosa, que se encontra sob fogo cruzado nas principais economias do mundo, inclusive por aquelas que a defendiam como única alternativa pouco tempo atrás.

    Dada à regra do teto de gasto da União, estabelecida pela Emenda Constitucional n.º 95, que retirou R$ 22,5 bilhões do SUS desde 2018, a liberação de recursos tem sido pequena para o combate da Covid-19, quer para as ações de saúde (menos de 11% do orçamento federal) – onde a atenção primária cumpre papel essencial na prevenção e no controle do contágio, quer para as ações econômicas – contribuindo para que a adesão da população à quarentena tenha ficado abaixo dos 70% recomendado.

    Devido à falta de transparência das informações, assistimos atônitos a subida do número de casos e óbitos, diante do colapso da oferta de leitos do SUS: o Brasil passa dos 70 mil infectados e tem mais de 5 mil mortes, bem como o governo só entregou 350 dos 2 mil leitos novos de UTI prometidos para enfrentar a doença. O número de mortes no Brasil, em média, está dobrando a cada cinco dias e, em vários lugares, os sistemas de sepultamentos já estão, também, colapsando.

    Diante do Decreto de Calamidade Pública, o atual Ministro da Saúde, Nelson Teich não pode omitir-se diante de tais fatos, tampouco compactuar com qualquer tipo de sabotagem ao combate à doença e à economia popular, jamais renunciando ao objetivo de salvar vidas, preservar empregos e cuidar dos profissionais da saúde. Atender a pauta econômica, sobrepondo a necessidade de zelar pela vida dos cidadãos e cidadãs, não é uma estratégia segura nem coerente neste momento. Capital se ganha, se perde e se recupera novamente, mas vidas perdidas não podem ser recuperadas.

    Pautado pelos princípios éticos que norteiam a administração pública, o CNS e o CES-RJ são comprometidos com a efetividade do gasto público, garantida entre outras medidas com a lisura e transparência dos contratos, coibindo sobrepreço e superfaturamento. Contudo, a falta de coordenação tripartite e a política desastrosa de Paulo Guedes estrangulam a destinação de verbas para estados e municípios, para pequenas e médias empresas, para os trabalhadores formais, informais e desempregados, inviabilizando na prática as estratégias de isolamento social das famílias brasileiras.

    Esse artifício promove de modo irresponsável e obscuro uma falsa dicotomia entre saúde e economia. Não temos dúvida de que as mortes causadas pelo novo coronavírus pesarão sobre os ombros do governo Bolsonaro, em meio à crescente crise política e ao desarranjo do pacto federativo inaugurado na Constituição de 1988, e pode culminar no seu impeachment.

    Representando os anseios da sociedade brasileira e do conjunto dos conselhos estaduais e municipais de saúde, o Conselho Nacional de Saúde, além do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, se dirigem às forças políticas democráticas e progressistas e as instituições da República, conclamando-as a construir um acordo suprapartidário, em defesa da vida, da democracia e do SUS, num gesto de grandeza e retidão neste grave momento da vida nacional.

    Nessa direção, pedimos o apoio da Academia Brasileira de Ciências, da Associação Brasileira de Imprensa, da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e de todas as entidades do Movimento da Reforma Sanitária Brasileira para somar esforços e para pressionar em caráter de urgência o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal na defesa das seguintes propostas:

  • revogação permanente do teto de gastos (EC 95);
  • aplicação imediata de dinheiro novo no SUS e aprovação de piso emergencial em 2021, com incorporação definitiva dos créditos extraordinários ao orçamento da pasta da saúde;
  • aprovação de Projeto de Lei, onde os leitos de UTI da rede privada obedeçam à fila única do SUS, respeitando definições de uma central regulatória de leitos e as unidades de referência definidas pelo governo federal;
  • aplicação imediata de dinheiro novo nas universidades, centros de pesquisa e laboratórios, preferencialmente públicos, e aprovação de piso emergencial na área de ciência e tecnologia em 2021;
  • aprovação de Projeto de Lei que ampare e auxilie os dependentes de profissionais de saúde que morreram e os que vierem a morrer no exercício de suas funções,em decorrência da Covid-19..
  • Entre a civilização e a barbárie, entre o direito fundamental à vida e o lucro, estamos seguros de qual caminho o Brasil precisa escolher: CIVILIZAÇÃO E VIDA.

    Brasília, 29 de abril de 2020.

    Conselho Nacional de Saúde (CNS)

    Subscrita pelo Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (CES-RJ)

    Rio de Janeiro, 5 de maio de 2020.

    DOCUMENTO ORIGINAL PUBLICADO EM 29/04/2020

    Leia mais: Região sudeste: conselhos estaduais de saúde detalham desafios no enfrentamento à Covid-19

    Por 

    O CNS promoveu encontro online com a participação de representantes do controle social da saúde, na quarta-feira (29/04)

    “É preciso que o estado passe a administrar os leitos de UTI para que a decisão de internação e uso de respiradores seja exclusivamente técnica e não para quem tem ou não plano de saúde”, destacou o presidente do Conselho Estadual de Saúde do RJ (CES-RJ), Alexandre Vasilenkas. Este foi um dos relatos do 2º Encontro Online promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), na quarta-feira (29/04), reunindo representantes dos estados do sudeste. O encontro integra uma série de atividades realizadas pelo CNS para alinhar estratégias de fortalecimento das ações do controle social da saúde diante da pandemia. A primeira edição reuniu os CES da região norte.

    Ainda de acordo com o presidente do CES-RJ, o estado é “um dos epicentros da crise sanitária” e vive na iminência de um colapso hospitalar. Os casos não param de subir, segundo dados do Ministério da Saúde*, são mais de 11 mil pessoas infectadas no Rio de Janeiro e 2.627 óbitos por conta da Covid-19. Por isso, um dos principais desafios apontados por Alexandre é a falta de planejamento para uma fila única.

    Recentemente o CNS recomendou ao Ministério da Saúde e às Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde que atendam ao princípio da fila única diante da pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19). O objetivo é que as pastas possam inserir recursos, favorecendo a contratação de leitos privados de terapia intensiva para uso do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com as necessidades sanitárias específicas em cada território.

    Além de ouvir os relatos dos participantes, durante o Encontro Online o CNS reforçou seu apoio aos Conselhos Estaduais de Saúde para atividades online, lives, entrevistas e outras ações promovidas junto aos Conselhos Municipais de Saúde. “Esse momento nos convoca a refletir sobre a potência que estamos conferindo as nossas articulações. O que podemos fazer para aumentar a solidariedade e a rede de controle social em saúde no Brasil!”, destacou o conselheiro Neilton Araújo de Oliveira, representante do Ministério da Saúde na mesa diretora do CNS.

    Relatos

    O sudeste é a região mais afetada pelo novo coronavírus no Brasil. Os quatro estados somam 48.115 casos de Covid-19 e 3.849 mortes. Isso representa quase metade dos casos de novo coronavírus em todo o país. Em Minas Gerais, com mais de 2 mil casos e 89 mortes, o controle social da saúde enfrenta desafios de comunicação e acesso às discussões no comitê para enfrentar a crise criado pelo governo do estado.

    “Há um isolamento do controle social. É muito preocupante ficarmos de fora dos diálogos nos comitês”, destacou o vice-presidente do CES-MG Ederson Alves da Silva. Mesmo com às dificuldades de diálogo com a gestão, o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais relatou que segue atuando intensamente. Tem feito ações nas redes sociais, encaminhado boletins e notas informativas e divulgado os documentos elaborados pelo CNS para os Conselhos Municipais.

    Assim como o relato de MG, uma referência destacada pelos os outros estados é a contribuição dos instrumentos e ferramentas que estão sendo enviadas pelo CNS para toda a rede de conselhos. Elas estão servindo como subsídios para reforçar o papel do controle social no enfrentamento à pandemia nos estados e municípios.

    No Espírito Santo, os conselheiros têm acompanhado e dialogado com seus pares, orientado ações que contribuam com o isolamento social e levado demandas ao Centro de Operações Estratégicas – Coe/Covid-19. “Neste período, em que o conselho está com suas atividade presenciais suspensas, nosso espaço foi cedido para abrigar o COE – Comitê de Operações Emergenciais – no estado”, relatou o Secretário Executivo do Conselho, Alexandre Fragra.

    Além disso, de acordo com Fraga, a secretaria executiva tem repassado aos Conselhos Municipais de Saúde as informações e as recomendações do CNS. O estado registra mais de 3 mil pessoas infectadas e 114 óbitos. O presidente do CES atualmente é o subsecretário de Vigilância em Saúde e tem exercido a função de coordenador do Coe/Covid-19.

    São Paulo não contou com representantes no encontro online, por problemas na conexão, no entanto, a secretaria executiva enviou para o CNS o relato por email. De acordo com o documento, o Conselho Estadual elaborou formulário contendo vários questionamentos, esclarecimentos e sugestões à Secretaria de Estado que será dialogado muito em breve. O presidente do CES de São Paulo é o secretário estadual de Saúde.

    *Dados divulgados pelo Ministério da Saúde até às 17h30 de 3 de maio de 2020.

    Leia mais: Monitor de coronavírus nos estados

    O Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz) lançou no dia 30 de março o MonitoraCovid-19, um sistema que agrupa e cruza dados sobre o novo coronavírus no Brasil e no mundo. A partir de gráficos e mapas, a ferramenta online permite monitorar a pandemia e sua tendência por estados e municípios brasileiros, e fazer comparações com países que estão em estágios mais avançados da epidemia. 

     

    Com atualização diária, o MonitoraCovid-19 usa três fontes de dados. Os municipais são obtidos com o projeto Brasil.io, repositório público que disponibiliza os dados municipais compilados pelas secretarias estaduais de saúde. As informações sobre os estados brasileiros têm como fonte o projeto Kaggle Coronavirus Brazil, que coleta diariamente os dados divulgados pelo Ministério da Saúde. A base para os dados referentes a outros países é a universidade americana Johns Hopkins.  

     

    “O objetivo da ferramenta é fornecer dados de forma confiável e transparente para a população e para a comunidade científica sobre o desenvolvimento diário da pandemia, no Brasil e no mundo”, resume o geógrafo e sanitarista Christovam Barcellos, vice-diretor de Pesquisa do Icict. 

     

    Crescimento similar ao da Itália

     

    Um conceito-chave nesse trabalho é o chamado “fator de crescimento”, método que permite comparar os dados do Brasil e de seus estados com o cenário de outros países, analisando a propagação dos casos, dia a dia. Esse fator é calculado considerando como o número de casos aumenta ao longo do tempo, e permite que se calcule a quantidade de dias que leva para que o número de casos dobre em cada país. “A análise desse índice é muito importante para avaliarmos se estamos ou não conseguindo achatar a curva de crescimento, o que é essencial para o sistema de saúde conseguir lidar com a epidemia”, explica o epidemiologista Diego Xavier, do Laboratório de Informação em Saúde do Icict. 

     

    Barcellos acrescenta que o nosso fator de crescimento tem sido parecido ao da Itália, no começo da epidemia por lá, mas que a trajetória do Brasil pode ser diferente. "Nas próximas semanas, o Brasil pode mudar de tendência devido a medidas específicas que estão sendo tomadas em cada estado e município.”

     

    Outro aspecto que a ferramenta permite observar é como a epidemia, que em seu começo se concentrou nos grandes centros urbanos, está se difundido para cidades médias, principalmente no litoral. Nos próximos dias, a epidemia poderá se espalhar para cidades do interior e municípios de menor porte. “Apontar essa tendência é urgente, porque em muitas cidades do interior as pessoas não estão aderindo à estratégia do isolamento, acreditando que o vírus não chegou ainda até eles. Isso não é verdade. A Covid-19 está avançando rapidamente em direção aos municípios menores, e a quarentena é fundamental para frear esse crescimento”, destaca Xavier. Além disso, essa tendência representa um desafio para o SUS, que deverá organizar para os municípios de pequeno porte uma rede de distribuição de insumos, de coleta e análise de amostras laboratoriais e de internação de pacientes, quando necessário.

     

    Uma das vantagens do MonitoraCovid-19 é justamente permitir que se enxergue a situação em municípios e em estados de forma isolada, de modo que gestores e autoridades possam avaliar se as medidas que estão tomando são as mais adequadas à sua realidade. “Acompanhar as variações nas curvas de crescimento é muito importante para avaliar o efeito das políticas de contenção da epidemia, inclusive no âmbito de municípios. Vale lembrar: o Sistema Único de Saúde (SUS) é de base municipal, e os municípios precisam estar preparados para o cenário da epidemia que vão enfrentar”, explica Barcellos.

     

    Desafios para a análise de dados

     

    Os dados usados pela ferramenta dizem respeito aos casos confirmados e aos óbitos pela Covid-19. Os desafios impostos pela falta de testagem mais ampla para o vírus, no Brasil, estão sendo levados em conta: “Os gráficos construídos com base nas taxas de letalidade acabam apontando, indiretamente, se estamos mesmo testando pouco, porque é possível criar estatísticas a partir da relação entre óbitos e doentes. Podemos usar como exemplo os Estados Unidos, que tinham uma taxa de letalidade muito alta, no começo da epidemia, e depois, quando começaram a testar os casos suspeitos mais massivamente, viram essas taxas de letalidade diminuírem. Ou seja, não é que o coronavírus estivesse matando mais no começo da epidemia, comparativamente. Apenas havia menos testagem. Por esse prisma também podemos observar o Brasil, à medida que a epidemia for avançando aqui”, sugere Xavier.

     

    O cientista acrescenta que muitas outras instituições estão criando análises e modelos sobre o Covid-19 e seu impacto no Brasil, com diferentes abordagens. “Muitas vezes essas análises podem parecer divergentes para o público leigo, mas na verdade se complementam. Quanto mais dados e quanto mais integração, melhores serão as previsões e os cenários construídos para a tomada de decisão.”

     

    O MonitoraCovid-19 foi criado pelo Laboratório de Informação e Saúde (LIS) com o apoio da Plataforma de Ciência de Dados aplicada à Saúde (PCDaS), ambos do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz). Foi desenvolvido com softwares livres e de código aberto, permitindo que qualquer pessoa baixe e reaplique os dados compilados. 

     

    O acesso mais dinâmico a alguns dados sobre a epidemia, porém, ainda é um desafio. “Quanto mais dados livres tivermos, mais rapidamente conseguimos criar análises que são fundamentais para definir políticas públicas de enfrentamento à pandemia”, alerta Raphael Saldanha, desenvolvedor técnico do sistema. Dados sobre o perfil de pessoas atingidas pela Covid-19 e quais hospitais estão internando, por exemplo, seriam importantes para criar modelos de assistência. “As políticas e estratégias de dados abertos têm sido decisivas para a atuação coletiva em crises sanitárias como esta que estamos vivendo. Quando a pandemia passar, é fundamental que esse tema ganhe foco no debate público brasileiro”, completa.

     

    Acesse o MonitoraCovid-19.

    Leia mais: Prefeitura do Rio e governo do estado prorrogam medidas de isolamento social

    Prefeitura do Rio e governo do estado prorrogam medidas de isolamento social. No município, extensão é até o dia 15; no estado, quarentena vai até o dia 11, pelo menos. Niterói também adiou o fim das restrições.

    Por G1 Rio

    A Prefeitura do Rio e o governo do estado prorrogaram as medidas de isolamento social.

    O prefeito Marcelo Crivella afirmou à TV Globo na manhã desta quinta-feira (30) que as restrições no município seguem até o dia 15 de maio, pelo menos.

    Já um decreto do governador Wilson Witzel publicado no Diário Oficial desta quinta estende as proibições até 11 de maio.

    As medidas, em síntese, suspendem aulas presenciais em todos os níveis de ensino, mantêm o comércio fechado — como shoppings e lojas de rua — e proíbem aglomerações, como o banho de mar nas praias e festas.
    Restaurantes só podem funcionar para retirada em balcão ou para entregas. Bares também não podem permitir o consumo de bebidas no local.

    No Município do Rio, é obrigatório o uso de máscaras na rua — com a ressalva de que apenas serviços considerados essenciais podem funcionar.

    Crivella promete mais rigor
    Ao chegar nesta quinta ao Riocentro — onde funcionam o gabinete de crise contra a Covid-19 e o hospital de campanha –, o prefeito Marcelo Crivella avisou que, se a curva de óbitos continuar a subir, ele será mais rígido com as medidas de isolamento social.

    “A curva de óbitos [diária] que era de oito, nove pessoas, subiu na semana passada para 15 pessoas, sobretudo as com comorbidades. Em Nova York esse número chegou a 93. Então, vamos manter o isolamento até ela baixar. E se preciso, endurecer ainda mais essas medidas”, disse Crivella.
    As medidas no Município do Rio
    Apenas serviços considerados essenciais podem abrir — e respeitando uma escala de horários, a fim de evitar aglomerações nos transportes.

    Indústrias: das 7h às 21h
    Padarias e confeitarias – das 5h às 20h
    Farmácias – das 7h às 22h
    Aviários, açougues, peixarias e hortifúutis – das 7h30 às 19h30
    Hipermercados, supermercados, mercados e mercearias – das 8h às 21h
    Distribuidoras – das 6h30 às 18h30
    Depósitos – das 6h30 às 21h
    Lojas de conveniência – das 8h às 20h
    Postos de combustíveis – sem restrição
    Lojas de conveniência (fora de postos de combustíveis) – das 10h às 18h
    Agências bancárias e casas lotéricas – das 10h às 16h

    Petshops, medicamentos veterinários e comércio para consumo agrícola – das 10h às 16h

    Estabelecimentos com serviço de entrega (delivery) – das 10h às 16h
    Comércio de gás e lavanderias – das 11h às 20h

    Comércio de materiais de construção – das 8h30 às 18h

    Transportadoras e abastecimento – sem restrição

    Atividades que podem funcionar como drive thru: – das 12h às 24h

    As medidas no estado

    Estão suspensos:
    Banhos de mar e festas;
    Aulas nas unidades da rede pública e privada de ensino, inclusive nas unidades de ensino superior;
    Comícios, passeatas e carreatas;
    Jogos de futebol e demais eventos desportivos;
    Sessões de cinema e de teatro;
    Shows;
    Eventos em salão ou casa de festas, como aniversários;
    Feiras e eventos científicos;
    Visitação a unidades prisionais;
    Visitação a pacientes diagnosticados com o Covid-19.
    Restrições nos transportes:
    Redução de 50% da frota e ônibus, barcas, trens e metrô;
    Suspensão do passe livre.

    Leia mais: Os riscos e as limitações dos testes rápidos de coronavírus

    Uma das principais dificuldades para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus vivenciadas pelos países gira em torno da capacidade de realizar testes de Covid-19 na população. Além de serem custosos, a quantidade de testes varia de acordo com o contingente populacional. Nações que conseguem realizar a testagem num maior número de indivíduos geralmente obtém menores índices de contágio e óbitos, haja visto que o mapeamento dos casos propicia um melhor isolamento dos doentes e um planejamento sanitário mais efetivo, fazendo com que a curva de infecções seja achatada, o que evita o colapso total do sistema de saúde.

    No Brasil, infelizmente, a quantidade de testes realizados na população ainda é muito pouca se comparada aos países da Ásia e Europa. Segundo levantamento da BBC News Brasil a partir de dados oficiais compilados pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, até o dia 20 de abril, de acordo com o Ministério da Saúde, haviam sido realizados 132.467 testes específicos para covid-19 em todo o país. “Isso significa que, atualmente, a proporção de testes por cada 1 mil habitantes no Brasil, considerando uma população de 210 milhões de pessoas, é de 0,63 (ou 63 por cada 100 mil habitantes). Essa taxa é inferior à de muitos países do mundo, inclusive latino-americanos, como Cuba (2,65), Chile (6,43), Paraguai (0,83), Peru (4,44), Argentina (0,76) e Equador (1,15). Também é muito mais baixa do que a de nações desenvolvidas, como Alemanha (25,11) e Itália (23,64), e dos Estados Unidos (12,08)”. Somente casos graves e profissionais de saúde estão recebendo os testes, gerando um quadro de subnotificações assombroso em todo o território. Se hoje os números oficiais mostram quase 80 mil infectados e cerca de 6 mil mortes, os casos podem ser 10 vezes maiores.

    Diante dessa realidade brasileira, na última terça-feira (28), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RDC/Anvisa) nº 377 aprovando a realização de testes rápidos de diagnóstico de Covid-19 em farmácias e drogarias. Com a decisão, os testes deixam de ser feitos obrigatoriamente apenas em hospitais e clínicas. Mas você sabe o que é teste rápido para o diagnóstico do novo coronavírus?

    As limitações dos kits de testes rápidos de Covid-19

    Em linhas gerais, dois tipos de testes são realizados para o diagnóstico da infecção por novo coronavírus: o teste PCR e o teste rápido por coleta de sangue. O primeiro, que é disponibilizado pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz para o Ministério da Saúde (que os repassam aos estados e municípios), é feito com uma coleta de secreções na boca ou nariz da pessoa e encaminhado para laboratório (Lacens). Embora o resultado demore mais, sua precisão é acima de 95%, já que ele detecta se existe vírus ou não no organismo. Já o teste rápido é feito com uma pequena picada no dedo e o resultado sai em cerca de 15 minutos. Nele, é verificado se há a presença de anticorpos contra o coronavírus. O grande problema deste último teste fica por conta da sua alta imprecisão, já que nem todas as pessoas contaminadas tem a presença destes anticorpos no sangue, tudo dependendo do tempo decorrido após a possível contaminação. Em média, um infectado demora cerca de 7 dias para apresentar os primeiros sinais de reação do organismo à doença, logo, um teste deste tipo poderia apresentar um falso negativo se feito antes do período de ativação das células de defesa. Outra grave limitação é a ausência de sintomas em determinados indivíduos que, mesmo depois de contaminados, não sentem nenhum sintoma comum da doença, tais como febre, dores no corpo, prostração ou falta de ar, o que não impede de continuarem a propagar o vírus.

    Leia mais: Os riscos e as limitações dos testes rápidos de coronavírus

    Segundo nota pública do Conselho Nacional de Saúde, “este tipo de teste rápido possui limites de detecção que são inerentes ao desenvolvimento do produto e ao estado imunológico da pessoa testada. Por exemplo, um resultado negativo não exclui a possibilidade da pessoa estar infectada, ao mesmo tempo em que um resultado positivo não deve ser usado como uma evidência absoluta de infecção”.

    Uma corrida às farmácias e o relaxamento do isolamento

    Talvez o maior risco inerente ao teste rápido de coronavírus seja o relaxamento nas medidas de higiene e de isolamento ocasionados por um resultado impreciso. O cidadão que, por ventura, venha a se contaminar; e que tenha feito o teste em farmácia e recebido um resultado “negativo falso”, tende a relaxar o distanciamento social e se despreocupar com o vírus, multiplicando assim o número de infectados no Brasil.

    Outro ponto perigoso é a corrida às farmácias e drogarias por parte da população sem que estes estabelecimentos tenham a estrutura adequada e a presença de profissionais de saúde habilitados e treinados para interpretar os resultados dos testes rápidos. Embora a resolução da Anvisa determine que uma série de medidas sejam tomadas pelos responsáveis, a realidade mostra que sofremos muito pela falta de fiscalização sanitária no país. É compreensível o temor da população com relação à pandemia, ainda mais no momento de maior incidência da doença e aumento exponencial dos casos de Covid-19 no Brasil, porém uma medida desta natureza deve ser vista e implementada com todas as reservas e com todo o rigor possível a fim de se evitar um problema ainda maior.

    Tire dúvidas e conheça a eficácia dos testes rápidos

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    Testes moleculares e testes rápidos têm nível de acerto determinado pelo uso correto dentro de cada período de apresentação dos sintomas da Covid-19

    Ainda sobre os testes de coronavírus em estabelecimentos privados, chama a atenção a nota da Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias – Abrafarma afirmando que não há, ainda, uma previsão de quanto os testes vão custar, tudo “dependendo do valor de aquisição do produto, que é realizado em dólar”. Em algumas farmácias, os testes já podem ser encontrados por cerca de R$200.

    Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ 

    Leia mais: Covid-19: governador do RJ mantém medidas de isolamento após reunião com secretários

    No G1:

    Encontro aconteceu na tarde desta quinta-feira (23). Governador disse que reconhece as dificuldades da população, mas que mudanças só devem acontecer após a inauguração dos hospitais de campanha.

    O governador Wilson Witzel decidiu manter as medidas de isolamento no Rio de Janeiro, após se reunir com secretários, na tarde desta quinta-feira (23), para discutir a reabertura progressiva das atividades econômicas no estado.

    No dia 13 de abril, o governador prorrogou as medidas de combate à Covid-19 no RJ até 30 de abril.
    “No estado do Rio de Janeiro, a curva de mortalidade e de contaminação ainda é alta, apesar de estar sob controle. Exatamente por estar sob controle que nós estamos muito preocupados com qualquer reabertura de atividade econômica”, declarou Witzel.

    O estado do Rio chegou nesta quinta-feira a 530 mortes e 6.172 casos de coronavírus. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, outras 206 mortes são investigadas.

    O governador ainda acrescentou que reconhece as dificuldades e problemas que a população está passando, mas disse que precisa que os hospitais de campanha sejam inaugurados para pensar na reabertura das atividades no estado.
    “Enquanto não inaugurarmos os hospitais de campanha, que estão em fase final de conclusão, não poderemos fazer a reabertura. Hoje, 70% da ocupação dos leitos de UIT é o máximo que podemos permitir para reabertura, e, infelizmente, não estamos nesse patamar”, concluiu.

    Primeira-dama está com Covid-19

    Também nesta quinta, a assessoria de imprensa do governo confirmou que a primeira-dama do RJ, Helena Witzel, está com coronavírus.

    O diagnóstico foi confirmado após uma ida do governador ao Hospital Copa D’Or para um exame de rotina.
    Ele foi diagnosticado com a doença no dia 14 de abril e fez o anúncio nas suas redes sociais.

    Leia mais: Mortes por coronavírus dobram em média a cada cinco dias no Brasil, aponta estudo

    Assessoria de Comunicação do Icict/Fiocruz, 20/04/2020

     

    As mortes provocadas por Covid-19 têm dobrado, em média, num intervalo de cinco dias no Brasil. Nos Estados Unidos e no Equador, países com taxas altas de disseminação da epidemia, o intervalo para essa duplicação, em período similar, seria de seis dias. Na Itália e na Espanha, oito.

    Este é um dos dados divulgados na mais recente nota técnica do Monitora Covid-19, sistema que agrupa e integra dados sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Epidemiologistas, geógrafos e estatísticos do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, têm se debruçado sobre a ferramenta para elaborar análises sobre o avanço da doença.

    Observando o crescimento diário dos casos de Covid-19 nas semanas de 29 de março a 4 de abril, 5 a 11 de abril e 12 a 16 de abril, os cientistas apontam que a pandemia segue com alto crescimento no número de casos na região Norte, marcadamente no estado de Rondônia, e no Nordeste, onde se destacam os estados do Piauí, Alagoas e Ceará. Também é preocupante a situação dos estados do Pará, Amapá, Maranhão e Pernambuco, que seguem com tendência de crescimento acelerado no número de casos.

    Por outro lado, houve uma aparente tendência à desaceleração do crescimento no número de casos em boa parte das unidades federativas do país, principalmente nas regiões Sudeste e Sul. Esse decréscimo tem relação com as medidas de isolamento social, “dado que a comparação com outros países torna evidente comportamento similar em várias partes do mundo”. No entanto, o número de casos seria um dado mais impreciso do que o de óbitos.

    “Os dados de óbitos são mais confiáveis do que os dados de casos para medir o avanço da epidemia”, esclarece o epidemiologista Diego Xavier, pesquisador do Laboratório de Informação em Saúde do Icict. “Isso porque, no caso do óbito, mesmo o diagnóstico que não foi feito durante a evolução clínica do paciente pode ser investigado. Além disso, a situação clínica do paciente que vem a óbito é mais evidente, quando comparada aos casos que podem ser assintomáticos e leves”.

    Interiorização

    A nota técnica também alerta para a interiorização da epidemia, que está chegando de forma acelerada aos municípios de menor porte do país. Dentre os municípios com mais de 500 mil habitantes, todos já apresentam casos da doença. Naqueles com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, 59,6% têm casos. Já 25,8% dos municípios com população entre 20 mil e 50 mil, 11,1% daqueles com população entre 10 mil e 20 mil habitantes e 4,1% dos municípios com população até 10 mil habitantes apresentam casos de Covid-19.

    “O que mais preocupa com relação à propagação da doença no país diz respeito a dois aspectos. Primeiramente, o tempo de recuperação lento associado à alta taxa de contaminação tem ocupado leitos das grandes cidades, e pode provocar colapso do sistema de saúde nessas cidades. Em segundo lugar, à medida que a doença avança para o interior e atinge cidades menores, a demanda por serviços mais especializados de saúde, como UTI e respiradores, também cresce. Só que esses municípios menores, em sua maioria, não detêm esses recursos de saúde, então terão que enviar seus pacientes a centros maiores, que já apresentam leitos, equipamentos e pessoal de saúde em situação difícil”, alerta Xavier.

    Acesse a nota técnica.

    Leia mais: Fiocruz lança seu primeiro curso sobre Covid-19, online e gratuito, para profissionais de saúde

    Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz):
    Conhecimento: esta é a principal solução que os profissionais de saúde têm para enfrentar a pandemia de coronavírus. Liderando diversas ações no campo da ciência, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), lança o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. A iniciativa é do Campus Virtual Fiocruz, que abre inscrições, online, nesta quarta-feira, dia 15 de abril (acesse aqui).

    O curso é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD). Esse modelo considera uma ampla rede de trabalhadores que estão na linha de frente do combate à Covid-19: atualmente, o Brasil tem cerca de 3 milhões de profissionais de saúde. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, explica que a formação em escala é uma estratégia fundamental para responder à crise. “O novo curso é uma das muitas contribuições da Fiocruz/Ministério da Saúde para responder a essa emergência sanitária. Atuamos sempre com o compromisso de salvar vidas e fortalecer o Sistema Único de Saúde em sua capacidade de enfrentar esse e outros desafios relacionados à saúde da população brasileira”, afirma.

    Fiocruz desenvolve curso próprio junto a seus especialistas

    A coordenadora geral do curso e do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, diz que qualquer pessoa interessada em aprender mais sobre coronavírus pode se inscrever. Mas ressalta que a qualificação foi concebida, especialmente, para trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios. “Com isso, esperamos potencializar e multiplicar o conhecimento por todo o país”.

    Quanto ao conteúdo, Ana comenta que o principal desafio é capacitar os trabalhadores na sua prática nos serviços de saúde, em um contexto de mudanças frequentes no conhecimento sobre Covid-19. Para apresentar as melhores estratégias para conter e enfrentar a doença, vários especialistas da Fiocruz foram mobilizados. “Esse é um diferencial importante do nosso curso: ser elaborado junto a pesquisadores e gestores diretamente envolvidos nas ações de vigilância e assistência, e que estão considerando o atual cenário. Eles contribuíram com textos, videoaulas, e com a revisão técnica de todo o material”, destaca.

    O curso tem a coordenação acadêmica de Marília Santini, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), e de André Reynaldo Santos Perissé, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Marília destaca que, para conter a curva epidêmica, é fundamental qualificar quem vai enfrentar este período conturbado. “Na pandemia, os casos aumentam rapidamente, causando uma pressão maior sobre os profissionais dos serviços de saúde, assim como sua exposição a riscos. Por isso, o curso informa os participantes sobre medidas e usos de equipamento de proteção individual e coletiva, manejo clínico do paciente grave com base em outras doenças respiratórias agudas, e notificação de casos”, diz.

    Saiba mais: novo curso é aberto, online, gratuito e dinâmico

    Com uma linguagem simples, visual atraente e navegação dinâmica, o curso reúne textos curtos, videoaulas com especialistas, recursos abertos (como infográficos e minitestes) e uma série de fontes confiáveis e atualizadas, que são muito úteis para pesquisar e compreender melhor o tema. Há também uma seção de perguntas frequentes categorizada por interesse dos diferentes públicos, além de atividades e exercícios rápidos.

    A qualificação está dividida em três módulos independentes, permitindo que cada aluno escolha em que ordem deseja fazer o curso. No fim de cada módulo, os conhecimentos são avaliados. Quem obtiver nota maior ou igual a 70, recebe um micro certificado com a carga-horária correspondente. O aluno que acessar todos os módulos e concluir todas as avaliações com sucesso receberá um certificado com o total de carga horária do curso (30h).

    A partir do dia 14 de abril, serão lançados os dois primeiros módulos:  Introdução e Manejo clínico nas UBS. Já o terceiro módulo é mais complexo e difícil, pois aborda o manejo de pacientes graves na rede de atenção especializada e rede hospitalar, explica a coordenadora Ana Furniel. “O conteúdo do módulo 3 tratará de questões que ainda estão sendo debatidas pela comunidade científica, como suporte e terapia farmacológica, uso de medicações experimentais. São questões mais complicados e, por isso, demandam mais tempo para serem elaboradas no formato de um curso”.

    Mas ela conta que a espera dos interessados no último módulo será breve. “A equipe está trabalhando de forma bastante dedicada e a previsão é de que o terceiro módulo seja liberado já nos próximos 15 dias”, antecipa. Conheça os conteúdos de cada módulo:

    Módulo 1 - Introdução: Conceitos e informações básicas (5 horas/aula) | Inscrições abertas aqui!

  • Aula 1 - Novo coronavírus: conceitos básicos
  • Aula 2 - Transmissão, sintomas e prevenção
  • Aula 3 - O que fazer se estiver doente
  • Módulo 2 - Manejo clínico: Atenção Básica (10 horas/aula) | Inscrições abertas aqui!

  • Aula 1 - Organizando sua UBS para a pandemia
  • Aula 2 - Manejo clínico na APS
  • Aula 3 - Como conduzir isolamento domiciliar
  • Aula 4 - Protegendo os profissionais de saúde
  • Módulo 3 - Manejo clínico da Covid-19 na atenção hospitalar (15 horas/aula) | Em breve

  • Aula 1 - Detecção precoce e classificação da severidade dos pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
  • Aula 2 - Covid-19: Procedimentos de proteção e controle de infecção em ambiente hospitalar
  • Aula 3 - Manejo clínico inicial dos pacientes com síndrome respiratória aguda grave
  • Aula 4 - Investigação de imagem, laboratorial e diagnóstico diferencial da Covid-19
  • Aula 5 - Suporte respiratório a pacientes com Covid-19
  • Aula 6 - Suporte e terapia farmacológica na Covid-19
  • O curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus é uma realização do Campus Virtual Fiocruz, vinculado à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz.  A iniciativa conta com o apoio do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), da Fiocruz Brasília, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), do Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Proqualis), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

    Leia mais: Covid-19: Estado do RJ terá 13 unidades provisórias de saúde com total de 2.840 leitos

    Expectativa é de que até o final do mês a maioria dos hospitais de campanha e unidades de saúde provisórias estejam em funcionamento; veja o número de leitos, locais e valores das obras

    No G1:

    Com o avanço do novo coronavírus e a ocupação cada vez maior dos leitos por pacientes infectados, o Rio de Janeiro vive a expectativa pela inauguração dos nove hospitais de campanha. O RJ2 percorreu nesta terça-feira (14) os locais onde estão sendo erguidas as unidades, pelo Governo do Estado e parceiros, para ver o andamento das obras.

    Hospitais construídos pelo Governo do Estado (em alguns casos, com a ajuda de prefeituras e de empresas):

    1) Estádio Célio de Barros, no Maracanã: 400 leitos, sendo 80 de CTI
    2) Terreno do 23º Batalhão da PM, no Leblon: 200 leitos, sendo 100 de UTI
    3) Parque dos Atletas, em Jacarepaguá: 200 leitos, sendo 50 de UTI
    4) Hospital Adão Pereira Nunes, em Caixas: 200 leitos, sendo 60 de UTI
    5) Aeroclube de Nova Iguaçu: 500 leitos, sendo 200 de UTI
    6) Clube Mauá, em São Gonçalo: 200 leitos, sendo 40 de UTI
    7) Centro de Campos dos Goytacazes: 100 leitos, sendo 10 de UTI
    8) Hospital Gélio Alves Faria, em Casimiro de Abreu: 100 leitos
    9) Ginásio Esportivo Frederico Sichel, em Nova Friburgo: 100 leitos, 40 de UTI

    Hospitais construídos por prefeituras e pelo governo federal:

    10) Fiocruz (governo federal): 200 leitos, sendo 180 de UTI
    11) Hospital de campanha do Riocentro (Prefeitura do Rio): 500 leitos, sendo 100 de UTI
    12) Hospital Oceânico (arrendado pela Prefeitura de Niterói: 40 leitos de UTI
    13) Hospital Municipal São José (Prefeitura de Duque de Caxias): 100 leitos, sendo 50 de UTI

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    Unidade hospitalar provisória da Fiocruz, em Manguinhos

    Prefeituras do Rio, Niterói e Caxias também montam hospitais de campanha

    Maracanã
    Leitos: 400, sendo 80 de CTI
    Prazo de inauguração: 30 de abril
    O Hospital de Campanha do Maracanã vai ser a principal referência da Zona Norte do Rio.

    A obra segue em ritmo acelerado no local onde funcionava o estádio de atletismo Célio de Barros. Jornalistas não foram autorizados a entrar, mas do lado de fora a gente dá para ver as barracas de lona, um entra e sai de caminhões com itens e equipamentos necessários para a montagem.

    Camas e colchões, por exemplo, já começaram a ser instalados.

    As unidades de saúde mais próximas são o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj, em Vila Isabel, e o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.

    Leblon
    Leitos: 200, sendo 100 de UTI
    Prazo: 30 de abril
    Custo: R$ 45 milhões
    Duas unidades só saíram do papel graças à ajuda de empresas. São os hospitais de campanha do Leblon e do Parque dos Atletas.

    O hospital de campanha do Leblon está sendo erguido no terreno do 23º BPM, na Rua Bartolomeu Mitre. As obras estão bem avançadas. A estrutura e o teto já estão prontos.

    Nesta terça, eram instaladas as tubulações de água, gás e oxigênio. O hospital vai ser inaugurado até o fim do mês e vai funcionar por quatro meses, período mais grave da pandemia, segundo as previsões.

    A unidade também terá laboratório e equipamentos de última geração para exames: tomografia digital, radiologia, aparelhos de ultrassom e ecocardiograma.

    A estrutura grande e complexa foi erguida graças à união de um grupo de empresas. A construção é liderada pela Rede D’Or de hospitais, que também vai operar o hospital de campanha.

    O investimento total é de R$ 45 milhões: R$ 25 milhões da Rede D’Or e os outros R$ 20 milhões divididos em partes iguais por Bradesco Seguros, Lojas Americanas, Instituto Brasileiro de Petróleo e Banco Safra.

    Em um segundo consórcio, a Rede D’Or se juntou à Rede Ímpar de Hospitais e ao United Health Group e investiu R$ 11 milhões no Hospital Ordem Terceira da Penitência, na Tijuca. Uma parte do prédio está sendo reformada para 80 novos leitos de internação e 28 novas UTI´s. Equipamentos, insumos e medicamentos também serão doados.

    A Rede D’Or doou ainda 15 respiradores para o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, referência do município no tratamento de Covid-19, e 50 camas para o hospital de campanha do Riocentro,

    Todos esses novos leitos serão para pacientes de coronavírus que são usuários do SUSU.

    “A gente está convicto que a solidariedade é saída da crise que estamos vivendo. A gente não pode se tocar, mas a gente pode se unir. E é baseada nessa união que estamos desenvolvendo esses trabalhos para o rio de janeiro e o Brasil”, disse Leandro Reis Tavares, vice-presidente médico da Rede D’Or-São Luiz.

    Parque dos Atletas
    Leitos: 200, sendo 50 de UTI
    Prazo: 30 de abril
    Custo: R$ 50 milhões

    A Barra da Tijuca é o bairro do Rio mais atingido pelo novo coronavírus. O número de casos em Jacarepaguá também desperta atenção. Por isso, a preocupação com os leitos na Zona Oeste da cidade.

    Um hospital está sendo montado pela prefeitura no Riocentro, com 500 leitos. Outro terá mais 200 leitos aqui no Parque dos Atletas. neste hospital, serão 150 leitos pra internação e 50 de uti. esses leitos de uti serão preparados pra pacientes de alta complexidade. vão estar equipados com monitores, bombas de infusão e ventiladores mecanicos.

    As obras começaram na segunda-feira (13). Nesta terça, os operários trabalhavam na cerca que vai isolar as tendas do restante do parque.

    No plano inicial, o hospital seria erguido com recursos estaduais, mas as obras só saíram do papel quando um grupo de oito empresas assumiu a construção: Stone Pagamentos, Fundo Mubadala, Qualicorp, SulAmérica Seguros, Vale, Movimento União Rio, Banco BV e Rede D’Or.

    Os R$ 50 milhões serão dividido igualmente pelas sete empresas, e o Movimento União Rio pagará uma cota dupla.

    A construção e a gestão do hospital vão ser feitas pela Rede D’Or. Mas todas as 200 vagas serão destinadas a pacientes do SUS. A previsão é de que o hospital de campanha permaneça em funcionamento durante 4 meses, atendendo nesse período 2 mil pacientes de Covid-19.

    Caxias
    Leitos: 200, sendo 60 de UTI
    Prazo: 30 de abril
    Custo: R$ 119 milhões

    Em Caxias, a construção do centro de atendimento para pacientes de Covid-19 fica ao lado do Hospital Adão Pereira Nunes.

    Na semana passada, o RJ2 registrou o canteiro de obras estava vazio, com uma tenda montada e três homens trabalhando.

    A equipe voltou lá nesta terça-feira. A tenda já foi montada, mas os operários ainda trabalhavam na preparação do terreno. Às 15h, havia 13 funcionários trabalhando.

    Nova Iguaçu
    Leitos: 500, sendo 200 de UTI
    Prazo: 30 de abril
    Custo: R$ 181 milhões

    Pouco mais de 30 quilômetros do futuro hospital de Caxias, no Aeroclube de Nova Iguaçu, a obra está bem mais avançada. Cerca de 100 homens trabalham em três turnos na construção de duas unidades.

    O hospital de campanha já está quase pronto. A outra unidade é modular e está em fase de fundação. O equipamento ficará de legado e poderá ser levada para outra cidade.

    “A diferença entre um e outro é que o hospital de campanha é um hospital provisório. É uma estrutura que vem agora para enfrentar a pandemia e, depois, ela é retirada enquanto o hospital modular, não. Ele tem uma construção mais sofisticada, uma estrutura mais complexa”, explicou Bruno Kazuhiro, secretário estadual de Infraestrutura.

    Os leitos de baixa e média complexidade vão ficar no hospital de campanha: 200, ao todo. O custo é de R$ 119 milhões e o prazo de entrega é 30 de abril.

    Os 300 leitos de alta e média complexidade vão ser instalados no hospital modular. O preço da obra é de R$ 62 milhões, bancados pela Secretaria de Estado de Infraestrutura. O prazo de entrega é um pouco mais elástico: maio.

    “Esse hospital ele é feito em fases. Você tem três blocos, cada bloco com 100 leitos. Então, nosso projeto é entregar a primeira fase, primeiros 100 leitos na primeira semana de maio e, depois, mais 20 dias para a gente entregar os outros 200 leitos”, disse o secretário.

    São Gonçalo
    Leitos: 200, sendo 40 de UTI
    Prazo: até o fim de abril
    Custo: R$ 90 milhões

    Em São Gonçalo, o hospital de campanha está sendo bancado pelas prefeituras de Niterói e de Maricá, cidades vizinhas.

    Em vez de jogos de futebol, o tradicional campo do Clube Mauá vai receber doentes da Covid-19. Há seis dias o gramado é um canteiro de obras.

    A grande tenda do hospital de campanha de São Gonçalo já foi montada. Ainda faltam as divisórias. O piso vai ganhar mais uma camada.

    Operários trabalham das 8h às 22h. Nos próximos dias, serão instalados os sistemas elétrico e hidráulico e o ar-condicionado.

    São Gonçalo está entre os dez municípios com mais casos de coronavírus do estado. A prefeitura não tinha dinheiro para erguer um hospital temporário. Então, duas cidades vizinhas – decidiram ajudar. Na verdade, tomaram decisões estratégicas.

    As prefeituras de Niterói e Maricá repassaram – juntas – R$ 90 milhões para o Governo do Estado construir, equipar e administrar o hospital de campanha de São Gonçalo e tentar evitar uma sobrecarga no sistema de saúde delas. A prefeitura de São Gonçalo apenas cedeu o espaço.

    “A administração da gestão será do governo estadual, dando suporte ao município de São Gonçalo. Isso com certeza vai ajudar a diminuir a sobrecarga dos hospitais municipais”, explicou Jeferson Gomes, secretário municipal de Saúde.

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    Grande tenda do hospital de campanha de São Gonçalo

    Hospitais de campanha no interior do RJ

    Campos
    Leitos: 100, sendo 10 de UTI
    Prazo: até 30 de abril
    Custo: R$ 60 milhões

    Casimiro de Abreu
    Leitos: 100 leitos
    Prazo: até 30 de abril
    Custo: R$ 60 milhões

    Nova Friburgo
    Leitos: 100, sendo 40 de UTI
    Prazo: até 30 de abril

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    Ascom/CES-RJ

    Leia mais: Covid-19 supera em 2 meses número de mortes por H1N1 em 2009 no Brasil

    As mortes por novo coronavírus confirmadas no Brasil desde 26 de fevereiro superam o total registrado em 2009, no auge da pandemia de H1N1. Naquele ano, a primeira morte foi registrada em junho no País.

    Mesmo com alta subnotificação por falta de testes, reconhecida pelo próprio Ministério da Saúde, o País confirmou, até 16 de abril, 33.682 testes positivos e 2.141 óbitos pela covid-19. Em 2009, foram 50.482 casos e 2.060 mortos por H1N1, segundo dados do governo federal.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a H1N1 pandemia de julho de 2009 a agosto de 2010. No segundo ano, a doença perdeu força pelo reforço de medicamento e vacina no tratamento

    Em 22 de março, Bolsonaro errou ao prever que a covid-19 mataria menos que a H1N1 em 2019, quando o total de óbitos já foi inferior ao do ano de pandemia. “O número de pessoas que morreram de H1N1 no ano passado foi da ordem de 800 pessoas. A previsão é não chegar a essa quantidade de óbitos no tocante ao coronavírus”, afirmou o presidente.

    O deputado federal Osmar Terra (MDB) também minimiza a covid-19 usando dados sobre a H1N1. Ele chegou a ser cotado ao cargo de ministro da Saúde, agora ocupado pelo oncologista Nelson Teich.

    Ministro da Saúde em 2009, o médico José Gomes Temporão disse no fim de março em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que a covid-19 é muito mais grave do que a pandemia enfrentada por ele.

    “A letalidade e o número de casos graves do H1N1 são muito mais baixos do que os do novo coronavírus. O número de pessoas que adoecem, precisam de ventilação pulmonar, é significativamente menor na pandemia de 2009. Uma outra diferença importante é a situação do sistema de saúde. Hoje estamos mais frágeis do ponto de vista financeiro”, disse Temporão.

    O ex-ministro também afirmou que o País não adotou medidas de isolamento social amplo à época justamente pela menor gravidade da doença. “Quando o H1N1 chegou, o que percebemos era que não era uma doença com muita diferença do que os vírus da gripe comum. Claro, tivemos óbitos, a população não tinha imunidade.”

    Novo recorde. No dia em que o oncologista Nelson Teich tomou posse como ministro da Saúde, o Brasil bateu novo recorde diário de mortes pela covid. Foram 217 nas últimas 24 horas. Com isso, o número de óbitos por covid-19 passou para 2.141 nesta sexta-feira, 17, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

    O País também atingiu nesta sexta-feira o maior número de casos confirmados de covid-19 em um único dia, com 3.257 novos registros de pessoas contaminadas, de ontem para hoje. No total, o Ministério da Saúde tem a informação de que 33.682 testaram positivo para o novo coronavírus até o momento. A taxa de letalidade está em 6,4%.

    A região mais afetada pelo novo coronavírus é o Sudeste, com 56,6% dos casos, seguida pelo Nordeste (22,2%), Norte (9,4%), Sul (7,7%) e Centro-Oeste (4,1%).

    Em São Paulo, Estado com maior número de casos e de mortes decorrentes da doença no País, há registro de 12.841 pessoas infectadas e 928 óbitos. Diante do cenário, o governador João Doria (PSDB) anunciou que vai prorrogar a quarentena até o dia 10 de maio, um domingo.

    O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 4.249 casos confirmados e 341 mortes, seguido pelo Ceará (3.684 casos confirmados de covid-19 e 149 mortes), Pernambuco (2.006 casos e 186 mortes registradas) e Amazonas (1.809 casos registrados e 145 mortes).

    Com informações de O Dia

    Foto: Sérgio Lima/Poder360

    Leia mais: RJ chega a 276 mortes por Covid-19

    Casos confirmados até quarta-feira chegam a 3.743, 16% a mais que os divulgados na terça.

    Por G1 Rio:

    á são 276 mortes por Coronavírus confirmadas em todo o estado do Rio de Janeiro

    O estado do Rio de Janeiro chega nesta quinta-feira (16) a 276 mortes por Covid-19.

    Além das 265 mortes confirmadas pela Secretaria Estadual de Saúde na quarta-feira (15), as prefeituras de Duque de Caxias, Volta Redonda, São Gonçalo, Macaé e Queimados confirmaram outras 11 vítimas, entre elas, uma adolescente de 17 anos, a mais jovem vítima da Covid-19.

  • Adolescente de 17 anos é a mais nova vítima da Covid no RJ
  • Além dos óbitos no estado, outros 114 são investigados.

    Nas comunidades do Rio, são 78 casos confirmados e 10 mortes nos seguintes locais: Acari (1), Rocinha (3), Vigário Geral (2), Maré (2), Cidade de Deus (1) e Manguinhos (1).

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    Covid-19 avança nas comunidades do Rio

    Mais de 3,7 mil contaminados

    Na quarta, os casos de contágio confirmados chegaram a 3.743, 522 a mais que os divulgados na terça – aumento de 16%.

    Entre os infectados estão o governador Wilson Witzel e o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, que anunciou na quarta-feira nas redes sociais que testou positivo para a doença.

    Outros infectados são o secretário de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, Roberto Robadey, e o presidente do Departamento Estadual de Trânsito do RJ (Detran), Antônio Carlos dos Santos.

    Mais testes

    Segundo a secretaria, o aumento no número de mortes não significa necessariamente que a pandemia tenha piorado.

    De acordo com a pasta, a capacidade dos laboratórios de fazer os testes aumentou nos últimos dias. Antes, eram feitos 180 testes por dia. Agora, são 900 novecentos.

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    São Gonçalo e Niterói registram mais mortes pelo novo vírus

    1,7 mil mortes no país

    Pelo balanço oficial divulgado na quarta, o RJ é o segundo estado mais afetado pela doença. São Paulo, que também tem a maior população, tem 778 mortes e 11.043 casos confirmados.

    Em todo o país, foram confirmadas 1.736 mortes (13% a mais em um dia) e 28.320 casos (aumento de 12%). Em 7 dias, total de mortes subiu 84%.

     
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    Mortes confirmadas no RJ por Covid-19
    Primeiros óbitos foram registrados em 19 de março
    CasosMortes19/mar24/abr29/mar4/abr10/abr15/abr050100150200250300● Mortes: 122
    Fonte: SES-RJ

     
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    Mortes por município

    1. Rio de Janeiro – 167
    2. Duque de Caxias – 20
    3. Niterói –11
    4. Nova Iguaçu – 11
    5. Volta Redonda – 6
    6. São Gonçalo – 5
    7. São João de Meriti – 5
    8. Itaboraí – 4
    9. Belford Roxo – 3
    10. Magé – 3
    11. Maricá – 3
    12. Barra do Piraí – 2
    13. Iguaba Grande – 2
    14. Itaguaí – 2
    15. Mangaratiba – 2
    16. Rio Bonito – 2
    17. Rio das Ostras – 2
    18. Tanguá – 2
    19. Araruama – 1
    20. Arraial do Cabo – 1
    21. Barra Mansa – 1
    22. Bom Jesus de Itabapoana – 1
    23. Cachoeira de Macacu – 1
    24. Japeri – 1
    25. Macaé – 1
    26. Mesquita – 1
    27. Miguel Pereira – 1
    28. Petrópolis – 1
    29. Queimados – 1
    30. Resende – 1
    31. Sapucaia – 1
    Casos de Covid-19 confirmados no RJ
    Primeiro contágio foi divulgado em 5 de março
    CasosCasos5/mar15/mar25/mar4/abr01k2k3k4k
    Fonte: SES-RJ
     

    Casos por município

  • Rio de Janeiro – 2.519
  • Niterói – 167
  • Nova Iguaçu – 150
  • Volta Redonda – 122
  • Duque de Caxias – 121
  • São Gonçalo – 93
  • São João de Meriti – 67
  • Belford Roxo – 54
  • Mesquita – 50
  • Petrópolis – 42
  • Maricá – 35
  • Itaboraí – 31
  • Magé – 28
  • Nilópolis – 24
  • Nova Friburgo – 21
  • Queimados – 15
  • Teresópolis –14
  • Barra Mansa – 13
  • Barra do Piraí – 11
  • Araruama – 10
  • Angra dos Reis – 8
  • Cabo Frio – 8
  • Rio das Ostras – 8
  • Macaé – 7
  • Resende – 7
  • São Pedro da Aldeia – 7
  • Itaguaí – 6
  • Campos dos Goytacazes – 5
  • Casimiro de Abreu – 5
  • Iguaba Grande – 5
  • Mangaratiba – 5
  • Rio Bonito – 5
  • Tanguá – 5
  • Três Rios – 5
  • Bom Jesus de Itabapoana – 4
  • Japeri – 4
  • Seropédica – 4
  • Arraial do Cabo – 3
  • Cachoeiras de Macacu – 3
  • Guapimirim – 3
  • Itaperuna – 3
  • Paraíba do Sul – 3
  • Paracambi – 3
  • Paraty – 3
  • São Fidélis – 3
  • Sapucaia – 3
  • Bom Jardim – 2
  • Miguel Pereira – 2
  • Paty do Alferes – 2
  • Piraí – 2
  • Porto Real – 2
  • Quatis – 2
  • Quissamã – 2
  • Saquarema – 2
  • Valença – 2
  • Areal – 1
  • Armação de Búzios – 1
  • Cantagalo – 1
  • Carapebus – 1
  • Itatiaia – 1
  • Mendes – 1
  • Porciúncula – 1
  • Rio das Flores – 1
  • São Francisco de Itabapoana – 1
  • São João da Barra – 1
  • Silva Jardim – 1
  • Sumidouro – 1
  • Município de residência em investigação – 1
  • Medidas Emergenciais: CNS recomenda que Executivo e Legislativo apoiem estados e municípios no combate à Covid-19

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    Liberação imediata de créditos e recursos estão entre as medidas elencadas no documento aprovado pelo CNS na última semana

    O Conselho Nacional de Saúde (CNS), na última quinta (09/04), recomendou ao Executivo e ao Congresso Nacional medidas efetivas de apoio aos estados e municípios para o combate à pandemia do Novo Coronavírus. O documento também foi destinado aos governadores, secretários estaduais de Saúde, prefeitos e secretários municipais de Saúde. O objetivo é atender às necessidades emergenciais da população impostas pela pandemia da Covid-19.

    Para o governo federal e o Ministério da Saúde, a recomendação pede “liberação imediata de créditos e novos recursos para que os estados e municípios possam viabilizar as medidas sanitárias e de proteção social”.

    Ao Congresso Nacional, o CNS recomenda a revogação da Emenda Constitucional 95/2016 e a aprovação, com urgência, de “medidas efetivas de apoio aos estados e municípios e liberação de créditos necessários para as ações de combate à pandemia da Covid-19”. A EC 95/2016 retirou verba do Sistema Único de Saúde (SUS) congelando investimentos até 2036.

    Para governadores, secretários estaduais de saúde, prefeitos e secretários municipais de saúde, o Conselho recomenda a ampliação do “número de testes diagnósticos” com a implementação e o reconhecimento de potenciais laboratórios. E a convocação da Vigilância Epidemiológica para manter atualizados os dados sobre a pandemia.

    O CNS recomenda ainda o reforço ou a implementação de medidas que possibilitem o afastamento social. Conforme orientam a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), a manutenção do isolamento social segue como método mais eficaz na prevenção à pandemia.

    Outro ponto importante é a ampliação dos “esforços para o fornecimento e utilização de EPIs, de qualidade e em quantidade suficiente, para os trabalhadores e as trabalhadoras de saúde”. Dados do CNS apontam que o Brasil poderá apresentar entre 122 mil e 365 mil casos de profissionais da saúde afastados do trabalho pela doença.

    Leia a recomendação na íntegra

    Ascom CNS

    Foto: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil

    Covid-19: Fiocruz lança ações de apoio a populações vulneráveis

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    Com o objetivo de frear o contágio pelo novo vírus entre as populações e territórios mais expostos à contaminação, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou, nesta sexta-feira (9/4), a Covid-19: Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais junto a Populações Vulneráveis e a campanha de informação e comunicação Se Liga no Corona! – voltada para favelas e periferias.

    A chamada pública irá financiar projetos em todo território nacional que contribuam para prevenir o contágio entre esses grupos sociais ou garantir condições mínimas de sobrevivência a famílias impactadas economicamente pelas medidas de isolamento social em vigência. As inscrições acontecem até o dia 17 de abril e o resultado final será divulgado no dia primeiro de maio.

    Ainda sobre a chamada pública

    O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no Portal Fiocruz até o dia 17 de abril e o resultado final será divulgado no dia primeiro de maio.

    As propostas poderão se encaixar em três faixas: com orçamento até R$10.000; até R$25.000; até R$50.000 e se vincular a uma (ou mais) das cinco áreas de interesse: Segurança Alimentar; Comunicação; Saúde mental; Assistência específica a grupos de risco; e Ações que facilitem o cumprimento das medidas de afastamento social e higiene pessoal e coletiva anunciadas pelas autoridades públicas.

    Ao todo, estão disponíveis R$ 600.000,00 recebidos de doadores e destinados à Fiocruz para investimento em ações emergenciais de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Podem se candidatar as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos com histórico comprovado de atuação junto a populações vulneráveis e também os coletivos sem personalidade jurídica atuantes em territórios socialmente vulneráveis, desde que os projetos sejam apresentados por instituição parceira legalmente constituída.

    Campanha Se liga no Corona!

    Junto a isso, a Fiocruz, a Redes da Maré e as organizações de Manguinhos lançam uma campanha multimídia de prevenção à Covid-19 nas favelas. A iniciativa vai difundir informações confiáveis adaptadas ao contexto das periferias em diversos formatos, como rádionovelas, spots para carros de som, peças e vídeos para mídias sociais e cartazes.

    Para ler a matéria completa e acessar à chamada pública e os materiais audiovisuais disponíveis, veja os links abaixo:

    Campanha Se Liga no Corona – Materiais – https://portal.fiocruz.br/se-liga-no-corona

    Covid-19: Fiocruz lança ações de apoio a populações vulneráveis

    Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais junto a populações vulneráveis

    Via ICICT/Fiocruz