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Leia mais:  PCCS da Saúde é tema de debate ao vivo do CES-RJ desta próxima sexta-feira, 21

Na próxima sexta-feira (21), às 18h, o Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro realiza uma transmissão ao vivo na sua página oficial do Facebook, trazendo para o debate o PCCS da Saúde, tendo a presença de André Ferraz, servidor estadual na Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro e diretor da Associação de Servidores da Vigilância Sanitária do RJ – Asservisa/RJ, Marilea Ormond, servidora da saúde estadual há quase 50 anos e diretora da Associação dos Funcionários do Iaserj – Afiaserj e Márcio Berman, servidor estadual na Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro, membro da Asservisa e conselheiro estadual de Saúde. Alexandre Vasilenskas, presidente do CES-RJ, fará a mediação.

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Há mais de 30 anos que os servidores da saúde estadual batalham para verem implementado o Plano de Cargos, Carreiras e Salários, cujo objetivo é corrigir a enorme defasagem salarial dos trabalhadores da área e a falta de perspectivas na carreira, problemas que afetam a prestação dos serviços públicos de saúde no estado do Rio de Janeiro para a população.

Recentemente, o PCCS foi aprovado pela Assembleia Legislativa do RJ, mas a judicialização imposta pelo governo estadual impede que o plano passe a valer, de fato. Vale ressaltar que nesta última semana aumentou a esperança dos servidores da saúde em verem a efetivação do PCCS após a Alerj incluí-lo no orçamento de 2021.

DIA: 21/08/20

HORÁRIO: 18H

LOCAL: PÁGINA DO CES-RJ NO FACEBOOK

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

Leia mais: CES-RJ divulga recomendação para conselheiros que pretendam se candidatar às eleições de 2020

O plenário do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro referendou hoje, na sua Reunião Extraordinária virtual, uma recomendação para que os conselheiros que pretendam se candidatar às eleições municipais deste ano, se afastem temporariamente das atividades dos seus respectivos conselhos. A data para o afastamento se iniciou no último dia 15 de agosto de 2020 e vai até o final das eleições, conforme legislação eleitoral em vigor, sem prejuízo de seu retorno ao término do pleito eleitoral e respeitando o Regimento Interno de cada conselho para as devidas substituições. Leia a íntegra da Recomendação CES-RJ nº 2:

RECOMENDAÇÃO CES Nº 02 DE 13 DE AGOSTO DE 2020.

O Presidente do Conselho Estadual de Saúde do estado do Rio de Janeiro – CES/RJ no uso de suas competências legais e atribuições conferidas pelo regimento interno do CES, por orientação da Comissão Executiva, reunida em 11 de agosto de 2020.

Considerando o grande número de questionamentos sobre afastamento ou não de conselheiro de saúde para campanha eleitoral 2020;

Considerando a Resolução 23.609/2019 do Tribunal Superior Eleitoral, em seu Artigo 9º, que dispões sobre a elegibilidade, dentro dos critérios da lei, a quem se dispõe a se candidatar a cargo eletivo;

Considerando a resposta ao Ofício CES/RJ nº 193/2020 da Assessoria Jurídica da presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro que delega aos partidos políticos e aos conselhos a orientação aos conselheiros que se pretendem lançar candidatos;

Considerando que o tema é controverso, mas ao mesmo tempo reconhecendo a legitimidade de quem se dispõe ao pleito eleitoral, e também a relevância e necessidade do tempo disponibilizado para o cumprimento das atribuições nos respectivos conselhos de saúde;

Considerando que apesar de não ter caráter de obrigatoriedade já que não há expressa nas resoluções eleitorais a necessidade de desincompatibilização de conselheiros de saúde, já que a legislação eleitoral só cita conselheiro tutelar, pois este é remunerado com recurso público, mas levando em consideração possíveis ações cautelares como se nota pelo país com tal questionamento;

RECOMENDA:

Aos conselheiros e conselheiras estaduais e municipais do estado do Rio de Janeiro que pretendam se candidatar às eleições de 2020, o afastamento temporário a partir do dia 15 de agosto de 2020, até o final das eleições, conforme legislação eleitoral em vigor, sem prejuízo de seu retorno ao término do pleito eleitoral e respeitando o Regimento Interno de cada conselho para as devidas substituições.

Daniel Spirin ReynaldoAscom/CES-RJ

Leia mais: Plenário do CES-RJ referenda relatório enviado para Alerj sobre as medidas da SES na pandemia

O plenário Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, referendou hoje (18), em votação unânime, o envio do relatório de análise das medidas implementadas pela Secretaria de Estado de Saúde no tocante ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no estado para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, ocorrido no dia 13 de julho. O relatório havia sido elaborado pela Comissão de Fiscalização da Gestão da Saúde e da sua Comissão de Orçamento e Finanças do CES, tendo sido solicitado em audiência pública.

O envio deste relatório respondeu a um pedido da Comissão Especial de Fiscalização dos Gastos na Saúde Pública Durante o Combate do Coronavírus e da Comissão de Saúde da Alerj que, no dia 25 de junho de 2020, realizaram uma audiência pública virtual com o ex-secretário de saúde Fernando Ferry. Na oportunidade, Ferry foi sabatinado pelos deputados acerca das ações da SES no âmbito dos contratos com as organizações sociais e sobre a demora na inauguração dos hospitais de campanha, alvos de investigações por parte do Ministério Público, Controladoria Geral do Estado e Tribunal de Contas no que diz respeito às irregularidades encontradas. O ex-secretário também foi indagado pelos parlamentares sobre suas razões para deixar o cargo apenas 36 dias após sua nomeação pelo Executivo estadual.

Durante a audiência, transmitida ao vivo pela TV Alerj, a deputada Martha Rocha, presidente da Comissão de Saúde da Casa, colocou em votação a solicitação do relatório do CES-RJ, que elenca as diversas observações, análises, resoluções e recomendações do colegiado em relação às medidas da gestão estadual no combate à pandemia. O pedido deste relatório tonou-se pertinente já que o Conselho é constituído como órgão de caráter deliberativo, com finalidades específicas, inclusive as de controlar e fiscalizar a execução das questões inerentes à política estadual de saúde em todos os seus aspectos econômicos e financeiros, sendo o controle social na área da saúde um dos principais pilares do SUS que determina a participação dos diversos setores da população ao processo de formulação e do controle das políticas públicas de saúde.

O relatório enviado pelas duas comissões CES traz a  análise da atuação da Secretaria Estadual de Saúde para contenção da pandemia Covid-19 no Rio de Janeiro, as recomendações do Conselho, a análise dos contratos celebrados com as Oss, a própria situação do colegiado e a falta de participação do controle social nas tomadas de decisões, dentre outros assuntos.

Foto: reprodução internet

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

Leia mais: Secretário estadual de saúde espera que as OSs deixem a administração dos hospitais nos próximos...

Alex Bousquet afirmou que o modelo está ‘esgotado’ e a alternativa será a Fundação Saúde

O secretário de estado de saúde, Alex Bousquet, afirmou hoje, durante o anúncio da troca de gestão do Samu, que as séries de denúncias de corrupção envolvendo as Organizações Sociais, que administram diversas unidades de saúde no estado, “esgotou este modelo de gestão” hospitalar. Segundo Bousquet, a ideia é substituir as organizações sociais pela fundação nos próximos dois anos.

Por outro lado, Alex Bousquet tranquilizou o quadro de terceirizados afirmando que não há a intenção de demití-los, tampouco alterar a estrutura já existente.

O secretário disse ainda que o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) será administrado pela Fundação Estadual de Saúde, bem como o Hospital Carlos Chagas. A fundação vai assumir  o gerenciamento do Samu a partir do dia 23 de setembro, data do fim o contrato entre a SES e a Organização Social OZZ Saúde.

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES/RJ

Leia mais: Fake news sobre vacinas contra a Covid-19 ameaçam combate à doença

Uma pesquisa do Datafolha com 2.065 brasileiros mostrou que 9% dizem que não irão se vacinar contra o novo coronavírus e 3 % dizem não ter certeza

BBC Brasil

Os índices são ainda maiores nos Estados Unidos e no Reino Unido: 16% dos britânicos se recusariam a tomar a vacina se ela estivesse disponível hoje, segundo o instituto Ipsos Mori, e um em cada três americanos faria o mesmo, de acordo com o instituto Gallup.

Um medo das autoridades de saúde é que essa parcela da população cresça junto com o aumento dos ataques às vacinas contra a covid-19 e que isso comprometa os esforços para imunizar gente em número suficiente contra o novo coroanvírus para acabar com a pandemia.

Como a BBC News Brasil mostrou, já há uma campanha em curso contra as vacinas para covid-19 e ela está ganhando mais força conforme avançam as pesquisas.

Os posts publicados nos dois principais grupos antivacina do Facebook no Brasil estavam até há pouco tempo mais concentrados em falar da covid-19 em si e de alguns medicamentos que vêm sendo testados contra ela.

Mas os ataques às vacinas no grupo “Vacina: O maior crime da História!”, que tem 8 mil membros, e o “Vacinas: O lado obscuro das vacinas”, que tem 13,8 mil, estão ficando mais frequentes, diz João Henrique Rafael Junior, idealizador do União Pró-Vacina, projeto do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto que combate a propagação de informações falsas sobre o assunto.

Um dos posts mais recentes diz, por exemplo, que um novo tipo de vacina, que está em teste contra a covid-19, seria capaz de “modificar o DNA” de seres humanos.

A origem dessa “denúncia” seria a osteopata americana Carrie Madej, que afirmou em um vídeo divulgado na internet que esta tecnologia vai criar uma “nova espécie e, talvez, destrua a nossa”.

O problema é que isso não é verdade, como disseram especialistas às agências Reuters e Lupa e ao portal G1.

De fato, algumas vacinas em teste contra o novo coronavírus usam uma técnica inédita, conhecida como RNA mensageiro, para fazer com que parte do material genético do coronavírus, seja absorvido por nossas células para fazer com que elas produzam uma proteína característica desse micro-organismo, que será detectada pelo sistema imunológico.

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Image captionPesquisas apontam que a resistência à vacinação contra a covid-19 já é um problema real

A ideia é que o nosso corpo aprenda desta forma a nos proteger da covid-19. Mas essa tecnologia não altera o DNA das nossas células e, portanto, não cria seres humanos geneticamente modificados.

Essa forma de “denúncia” recorre a um expediente frequente nesse tipo de ataque: mistura algumas informações verdadeiras com outras falsas para nos fazer acreditar que corremos algum perigo e, neste caso, gerar desconfiança sobre as vacinas contra a covid-19.

Outros rumores que circulam dizem que células de fetos abortados são usadas na composição das vacinas; que elas são parte de uma conspiração do bilionário Bill Gates para implantar microchips em nós, ou que voluntários dos testes já morreram por terem se submetido às vacinas em fase experimental.

O temor de Junior, do União Pró-Vacina, é que, uma vez lançada a vacina, ela se torne o único alvo dos vários grupos que espalham mentiras na internet e isso leve à “maior campanha de desinformação da história”.

Isso pode não só comprometer a imunização contra o coronavírus, mas aumentar a desconfiança em relação às vacinas contra outras doenças.

“É como em um tsunami. O mar já começou a recuar. Em breve, vamos ser atingidos por uma onda gigantesca de desinformação sobre as vacinas. Se não estivermos preparados, é impensável o efeito que isso pode ter”, diz Junior.

A ‘infodemia’ é ‘ameaça à saúde pública’

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou que teorias da conspiração, rumores e mentiras divulgadas em torno da pandemia vêm se espalhando tão rapidamente quanto o próprio coronavírus.

Essa “infodemia” tem contribuído para aumentar o número de casos e mortes por covid-19 no mundo, segundo a organização.

Um estudo publicado no periódico American Journal of Tropical Medicine and Hygiene dá uma ideia do seu impacto.

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Image captionEstudo apontou que desinformação levou a queda da cobertura vacinal da tríplice viral na Inglaterra

Entre 31 de dezembro e 5 de abril, seus autores encontraram 2.311 publicações na internet com rumores e teorias da conspiração ou que promoviam a estigmatização de grupos sociais, em 87 países e em 25 idiomas.

Eles avaliaram 2.276 e concluíram que só 9% eram verdadeiras. A maioria eram falsas (82%), enganosas (8%) ou infundadas (1%).

Os cientistas estimam que um dos mitos mais difundidos (que ingerir álcool com uma alta concentração poderia desinfetar o corpo e matar o vírus), fez 5.876 pessoas serem hospitalizadas, matou 800 e deixou 60 cegas.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em um comunicado em setembro do ano passado que a “desinformação sobre vacinas é uma grande ameaça à saúde global”.

Ele pediu que empresas de tecnologia, como Google, Facebook e Twitter, combatam esse tipo de conteúdo.

“As principais organizações digitais têm uma responsabilidade: garantir que seus usuários possam acessar informações sobre vacinas e saúde. Queremos que os atores digitais façam mais para tornar conhecido em todo o mundo que #VacinasFuncionam”, disse Ghebreyesus.

As vacinas são seguras?

Um estudo verificou a segurança das vacinas ao analisar as mudanças feitas nas bulas das 57 que foram aprovadas ao longo de 20 anos pela Food and Drug Administration (FDA), o órgão americano equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Houve mudanças nas bulas relacionadas à segurança em 25 das vacinas, menos da metade do total. Ao todo, foram 58 alterações, entre janeiro de 1996 e dezembro de 2015.

A maioria (36%) foi para ampliar restrições de uso, como, por exemplo, indicar que grávidas e pessoas com problemas no sistema imune não devem usar vacinas feitas com vírus atenuados (“vivos”, mas enfraquecidos). Nestes casos, o mais indicado são vacinas com vírus inativados (“mortos”).

Alertas sobre alergias, frequentemente causadas pelo látex usado nas embalagens, levaram a 22% das mudanças, e 12 alterações foram para avisar sobre o risco de desmaios após a vacinação.

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Image captionQuanto mais a pandemia se prolonga, maior é chance da desinformação se propagar

Só uma vacina foi tirada do mercado por motivos de segurança. A RotaShield, usada contra o rotavírus, que causa diarreia em crianças, parou de ser vendida porque podia levar a uma obstrução intestinal em bebês, potencialmente fatal.

O imunologista Carlos Zanetti, da Universidade Federal de Santa Catarina, diz que as vacinas que temos hoje são “bastante seguras”, embora causem alguns efeitos adversos.

“Eventualmente, algumas pessoas podem ter problemas, ficar doentes ou até morrer. Mas uma pessoa está sujeita a sofrer efeitos adversos com qualquer produto que injete no corpo, engula, passe na pele”, diz Zanetti.

Zanetti explica que a eficácia das vacinas (o percentual das pessoas que tomam e realmente ficam protegidas contra uma doença) varia de uma para outra e de acordo com as características biológicas de cada um de nós.

Mas o imunologista afirma que, no geral, elas são “altamente eficientes”. “Do ponto de vista biomédico, elas protegem muita gente”, diz.

As vacinas da covid-19 terão de passar por estudos clínicos para provar que também são seguras e eficazes antes de serem aplicadas. Também serão monitoradas uma vez que cheguem ao mercado.

Isso é importante porque, como Zanetti esclarece, os estudos podem não ser capazes de detectar um problema.

Ou algum efeito colateral que tenha sido insignificante nas estatísticas das pesquisas pode ganhar outra dimensão quando uma vacina for usada por milhões ou mesmo bilhões de pessoas.

“Vamos passar por um grande experimento humano. Mas não tem outro jeito. Eu tomaria a vacina, porque essa decisão sempre envolve um julgamento entre risco e benefício. No caso da covid, o benefício é muito maior que o risco. A vacina nunca vai ser tão mortal quanto a doença.”

O impacto das campanhas antivacina

O diretor-geral da OMS já disse que está preocupado com o alcance crescente das campanhas antivacina. Ghebreyesus alertou que elas podem reverter “décadas de progresso no combate a doenças que podem ser prevenidas”.

Um estudo feito pela FTI Consulting, uma empresa de inteligência de mercado presente em 11 países, dá uma ideia do potencial impacto da desinformação que circula em redes sociais sobre as vacinas contra covid-19.

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Image captionA Universidade de Oxford possui uma das mais promissoras vacinas contra covid-19, mas não é a única

A pesquisa analisou o aumento do volume de posts deste tipo sobre a vacina tríplice viral (para sarampo, caxumba e rubéola) no Twitter ao longo de 2012 e 2018. Neste período, houve uma queda de 3% na cobertura desta vacina na Inglaterra e no País de Gales.

Os cientistas da FTI analisaram a literatura sobre fatores comportamentais e demográficos e criaram um um modelo computacional que levou em consideração todos estes motivos e também o aumento da desinformação no Twitter.

O objetivo foi, por meio de um sistema de inteligência artificial, identificar o quanto da redução da cobertura vacinal foi causada exclusivamente pela desinformação.

O estudo concluiu que cada aumento de 100% no volume de desinformação sobre a tríplice viral no Twitter levou a uma queda de 0,2% na cobertura vacinal. Como houve no período analisado um aumento de 800% da desinformação na rede social, isso gerou uma redução de 1,6% na cobertura vacinal.

Ou seja, mais da metade da queda foi causada pela desinformação. “Outros estudos já haviam demonstrado uma associação entre o aumento da desinformação e a queda da cobertura vacinal. Nosso trabalho é o primeiro a provar que a desinformação causou uma queda”, diz Meloria Meschi, coautora do estudo.

David Eastwood, coautor da pesquisa, diz que, diante disso, é preciso levar a desinformação em conta antes mesmo das vacinas contra covid-19 serem lançadas.

“Quando a vacina estiver disponível, será importante que a imunização ocorra rapidamente. Mas, a menos que o risco da desinformação seja combatido, a adoção da vacina pode ser retardada”, afirma Eastwood.

Quanto mais tempo passa, maior é o desafio

O desafio é que, quanto mais se prolonga a pandemia, maior é a chance de uma pessoa entrar em contato com uma desinformação capaz de levar à recusa da vacina, aponta o físico Manlio De Domenico, do Instituto Bruno Kessler, na Itália.

O pesquisador criou o projeto Observatório de Infodemia Covid19, no qual monitora o volume de desinformação que circula no Twitter em 84 países.

Um programa de computador analisa 4,7 milhões de mensagens publicadas na rede social todos os dias para criar um índice do risco que uma pessoa corre de ser exposta à desinformação.

A partir deste trabalho, De Domenico identificou um padrão semelhante em diferentes partes do mundo.

Quando a pandemia começou na China, os usuários de muitos países passaram a compartilhar conteúdo de fontes duvidosas, teorias da conspiração e notícias falsas em geral. O risco de exposição à desinformação era alto.

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Image captionOMS acompanha o desenvolvimento de mais de 170 vacinas contra a covid-19

Mas, depois que o coronavírus atingiu um determinado país, esse risco caiu, porque houve um aumento significativo do compartilhamento de informações de fontes confiáveis, como sites de governos, autoridades de saúde e de veículos de imprensa respeitados.

“Uma possível explicação para isso é que a proximidade da pandemia levou as pessoas a priorizarem as fontes confiáveis. Quando o risco de contágio estava longe, elas não se importavam tanto com isso”, diz o cientista.

O problema é que esse mesmo monitoramento mostra que o risco da desinformação vem aumentando conforme a pandemia se prolonga.

No Brasil, por exemplo, o índice variou entre 3% e 9% nos primeiros sete dias de março. Na primeira semana de agosto, ficou entre 18% e 36%.

De Domenico acredita que isso está relacionado com os efeitos sociais e econômicos da pandemia.

“Muita gente perdeu o emprego, amigos ou familiares. Depois de tanto tempo em isolamento, estamos com as emoções à flor da pele. As pessoas precisam encontrar uma forma de dar vazão a isso”, diz De Domenico.

Ele diz que a fase mais racional da pandemia está dando lugar a uma fase emocional, em que há uma tendência maior de que fontes confiáveis de informação sejam questionadas ou atacadas e da desinformação se espalhar.

Será neste contexto cada vez mais preocupante em que as primeiras vacinas serão lançadas.

“Podemos esperar um grande aumento de notícias falsas e teorias da conspiração quando isso acontecer. As vacinas já são uma questão emocional, e quanto mais emocionais as pessoas ficam, mais a desinformação tende a prosperar”, diz De Domenico.

“Será crucial nos prepararmos para esse momento.”

Leia mais: PCCS da saúde entra na previsão da Lei Orçamentária Anual de 2021

Emenda atende a uma demanda de quase 30 anos da categoria que tem grande defasagem salarial

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em discussão única, nesta terça-feira (11/08), o projeto de lei 2.397/20 (PLDO), de autoria do Poder Executivo, que determina as diretrizes orçamentárias para o governo produzir o orçamento estadual de 2021. A medida estima que o Estado do Rio tenha receitas totais de R$ 53,8 bilhões e despesas de R$ 81,1 bilhões. A previsão é que o resultado nominal estadual no ano que vem, incluindo os juros e variações monetárias, seja de déficit de R$ 26,09 bilhões. O texto seguirá para o governador Wilson Witzel, que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo.

PCCs da Saúde

As bancadas dos partidos com representação na Casa fizeram destaques a 15 emendas não acatadas originalmente pela Comissão de Orçamento. Dessas, 11 foram aceitas após acordo entre o presidente da Casa, André Ceciliano (PT) e o deputado Bruno Dauaire (PSC). Entre as modificações incluídas durante a votação, destaca-se a emenda que autoriza que haja uma previsão na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 para a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores da Saúde, uma demanda de quase 30 anos da categoria que tem grande defasagem salarial.

“Essa é uma demanda legítima e para contemplá-la basta que o governador cumpra os compromissos firmados em tempos de eleição. O que falta é tão somente uma vontade política de garantir o que é devido aos servidores da Saúde, que merecem nossos aplausos e, acima de tudo, a valorização do seu trabalho, sobretudo neste momento”, defendeu a deputada Martha Rocha (PDT), presidente da Comissão de Saúde e da comissão especial que acompanha as ações do governo durante a pandemia de coronavírus.

A deputada Enfermeira Rejane (PCdoB) também defendeu o PCCS da Saúde. “Estou nessa casa há nove anos e sempre discutimos a injustiça com os profissionais da Saúde. Todos os anos colocamos na LOA e na LDO a importância de um plano de cargos para estes profissionais. Há pelo menos quinze anos, eles não tem um centavo de reajuste. Entrou governo e saiu governo, de todos os partidos, e a gente não vê esse plano sair do papel”, complementou a parlamentar.

Com informações Alerj

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

Leia mais: Quem trabalha fora de casa tem o triplo de chance de se infectar por Covid-19

Quarta fase do inquérito sorológico aponta que cidade de São Paulo tem 1,3 milhão de casos de coronavírus. A prevalência da doença entre quem está de home office é de 6,2%, já entre quem trabalha fora de casa é de 18,5%.

No G1

A nova fase do inquérito sorológico, realizado pela Prefeitura de São Paulo, mostra que quem trabalha fora de casa tem o triplo de chance de se infectar por Covid-19 do que quem está em casa. A pesquisa aponta que 1,3 milhão de pessoas já foram contaminadas pelo novo coronavírus na capital paulista até o dia 6 de agosto.

A prevalência da doença entre quem está realizando home office é de 6,2%. Já em quem trabalha fora de casa é de 18,5%. Entre os desempregados, a prevalência é o dobro de quem trabalha em casa, é de 12,7%.

“O que isso revela é que provavelmente quem trabalha fora se expõe e quem é desempregado sai em busca de trabalho”, disse a secretária adjunta de saúde, Edjane Torreão. O secretário Edson Aparecido está com suspeita de Covid-19, aguardando resultado do teste.

Nesta nova fase, a prevalência da doença na cidade, que era de 11,1% na última pesquisa, caiu para 10,9%, o que para o prefeito Bruno Covas representa estabilidade.

“Apesar de dois meses de reabertura e flexibilização de atividade econômica a gente mantém os mesmos índices de prevalência na cidade de São Paulo”, afirmou o prefeito.

Leia mais: Quem trabalha fora de casa tem o triplo de chance de se infectar por Covid-19

Pesquisa mostra todas as fases do inquérito sorológico na cidade de SP — Foto: Reprodução Prefeitura SP

Perfil

De acordo com a pesquisa, há prevalência da presença do vírus entre os jovens. “A consolidação a partir dessas fases todas já realizadas a maior prevalência é na faixa etária entre 18 e 34 anos, queria ressaltar a importância da conscientização dos nossos jovens. Volta e meia a gente ainda identifica pancadões, festas irregulares. Aqui tem também principal faixa etária que tem que sair pra trabalhar, mas tem a responsabilidade dos jovens para com nossos idosos”, disse o prefeito.

A pesquisa mostra ainda que a maior prevalência está pretos e pardos e pessoas com baixa escolaridade. O índice de pessoas assintomática continua na faixa de 40%.

Leia mais: Petição do CNS reivindica que governo mantenha legado do SUS após a pandemia

 
Lançamento online da petição “Você vai deixar o SUS perder R$ 35 bilhões em 2021?”

Com a proposta de orçamento do governo para 2021, diante da vigência do Teto de Gastos, a perda do SUS será de R$ 35 bilhões. Se aprovada no Congresso Nacional, o legado da infraestrutura adquirida será desperdiçado

O Conselho Nacional de Saúde (CNS), preocupado com a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS) no atual momento e no pós-pandemia, lançou nesta terça (11/08) a petição “Você vai deixar o SUS perder 35 bilhões em 2021?”. Isso porque o projeto de lei do governo federal para o orçamento da Saúde no próximo ano retoma a vigência da EC 95/2016, que congelou recursos em políticas sociais por duas décadas. Se aprovado, o PL sufocará ainda mais o sistema de saúde, que  não terá condições sequer de manter o legado da pandemia, como os leitos de UTI, ampliações em unidades de saúde e respiradores adquiridos.Leia mais: Petição do CNS reivindica que governo mantenha legado do SUS após a pandemia

Lançamento online da petição “Você vai deixar o SUS perder R$ 35 bilhões em 2021?

Assine a petição

“A inoperância ou inércia federal desrespeita a Constituição de 1988, as resoluções e recomendações do CNS”, diz o texto da petição, que coleta assinaturas para respaldar o posicionamento contrário ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2021. Parlamentares poderão aprovar ou não o projeto do governo. Fernando Pigatto, presidente do CNS, afirmou que essa é uma indignação coletiva. “Precisamos da mobilização de todo o país. A EC 95 não é constitucional, por isso denominamos como ‘PEC da Morte’ quando ela foi criada. Infelizmente isso está se comprovando com o desfinanciamento do SUS no meio de uma pandemia”.

O coordenador da Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento (Cofin) do CNS, André Luiz de Oliveira, frisou o sentido da petição. “Estamos reivindicando a revogação da EC 95 e a manutenção dos créditos extraordinários que foram alocados para o enfrentamento à pandemia”. Francisco Fúncia, economista e consultor técnico do CNS, explicou que a perda prevista “é a diferença entre o que tem no orçamento atual e a regra do piso imposta pela EC 95. A pandemia não termina em 31 de dezembro de 2020″. Além  disso, há “um conjunto de despesas represadas que são consequências da Covid-19 e que se somam às outras demandas do SUS”, disse.Leia mais: Petição do CNS reivindica que governo mantenha legado do SUS após a pandemia

Fernando Pigatto, presidente do CNS

O que o SUS pode perder na prática?

De acordo com informações disponíveis no site do Ministério da Saúde, 11.777 novos leitos foram habilitados, que custaram aproximadamente R$1,7 bilhão do orçamento do SUS para enfrentamento à Covid-19. Já os 9.679 respiradores que foram comprados até agora custaram aproximadamente R$ 667,5 milhões. Caso o PL seja aprovado, a infraestrutura adquirida, que vai além de leitos e respiradores, poderá ficar em desuso, armazenada em depósitos pela ausência de recurso para manutenção do legado proveniente da pandemia. 

“Nessa pandemia são 11 mil leitos habilitados. Se eu crio 11 mil leitos, não é por mágica. A sociedade precisa dos leitos. Quem vai manter esse financiamento a partir do ano que vem?”, questionou Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Willames Freire, presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), afirmou que “o subfinanciamento da Saúde é um problema crônico. A união precisa assumir seu papel de coordenação. O que foi implantado temos que deixar como legado ao SUS”.Leia mais: Petição do CNS reivindica que governo mantenha legado do SUS após a pandemia

Carlos Lula, presidente do Conass

Parlamentares apoiam petição do CNS

O deputado federal Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, reafirmou a necessidade de pulverizar o debate, trazido pelo CNS, em toda a Câmara dos Deputados. Arthur Chioro, também ex-ministro da Saúde,  explicou sobre a “demanda reprimida” que se acumula diante do adiamento de diversas cirurgias e tratamentos devido à Covid-19, fato que deve sobrecarregar o SUS em 2021. “Isso vai se apresentar de uma maneira desafiadora em todo o país”. 

O senador Humberto Costa, que já foi ministro da Saúde, reafirmou a negligência federal pela ausência de orientações a estados e municípios diante da pandemia. “O SUS precisa é de comando nacional e recurso para efetivamente funcionar. Nenhuma reforma ou mudança pode ser feita sem amplo debate com a sociedade, sem a participação do controle social”, destacou, diante das especulações de “modernização” do SUS, que vem sendo feito a portas fechadas, em setores no Congresso Nacional.Leia mais: Petição do CNS reivindica que governo mantenha legado do SUS após a pandemia

Humberto Costa, senador

Jandira Feghali, deputada federal,  intitulou o chefe do Executivo como criminoso. “São crimes contra a vida, contra o Estado brasileiro. O Congresso precisa responder mais e a sociedade precisa se organizar para instalar inquéritos. São muitos crimes contra a vida e a Constituição”. A deputada federal Érika Kokay felicitou a iniciativa do CNS. “A petição dá visibilidade a uma necessidade do país. Estamos em crise sanitária trançada com outras crises”. Para ela, “a militarização da Saúde representa ameaças aos programas que o Brasil conquistou”.

A deputada Alice Portugal afirmou que a situação caótica do país “é  algo planejado pelo governo, que segue sem ministro e pratica a necropolítica, chamando o povo para a morte”. Já a deputada federal Perpétua Almeida disse que esse “é um momento de tristeza e luto no país. Muitas vidas poderiam ter sido salvas. Não dá pra aceitar que o governo continue insensível. Com 100 mil mortes, o presidente continua sendo garoto propaganda da Cloroquina”, criticou.

Mais participaçõesLeia mais: Petição do CNS reivindica que governo mantenha legado do SUS após a pandemia

Perpétua Almeida, deputada federal

Diversas outras representações importantes também participaram do lançamento, trazendo a visão dos Conselhos Municipais, Estaduais e Distrital de Saúde, Frente Povo Sem Medo, Frente Pela Vida, Frente Contra a Privatização do SUS, Frente Brasil Popular, Mesa Diretora do CNS, Conselho Nacional dos Direitos Humanos, Coalizão Direitos Valem Mais, dentre outros parlamentares e representantes de instituições que atuam em defesa do sistema público brasileiro.Leia mais: Petição do CNS reivindica que governo mantenha legado do SUS após a pandemia

Denise Carreira, Coalizão Direitos Valem Mais

Assine a petição

Assista a live de lançamento na íntegra

Ascom CNS

Leia mais: No papel, governo do RJ deve prorrogar medidas restritivas para o enfrentamento da pandemia

Em que pese a manutenção do decreto estadual que impõe medidas restritivas para o enfrentamento da Covid-19, circulação e atividades comerciais no estado se aproximam do normal; número de óbitos sobe novamente

O Dia

Rio – Sairá no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro desta quinta-feira (6 de agosto) um novo decreto prorrogando as medidas restritivas de prevenção e enfrentamento à Covid-19. O governador Wilson Witzel manterá a maioria das regras já estabelecidas no Decreto 47176, de 21 de julho. No entanto, haverá flexibilização para cidades fluminenses que saíram da bandeira laranja (risco médio) e entraram na bandeira amarela (risco baixo).

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Ao DIA, o secretário da Casa Civil, André Moura, declarou que a equipe da Secretaria Extraordinária de Acompanhamento das Ações Governamentais Integradas da Covid-19 ainda está discutindo os detalhes desse novo decreto.

“É possível estender as restrições, como é possível também a gente tomar algumas medidas, e é essa discussão que estamos fazendo hoje. Estamos trabalhando com esse foco”, disse Moura, que comentou sobre a possibilidade de o decreto não sair amanhã (quinta-feira). “Pode sair amanhã ou sexta-feira”, afirmou.

A expectativa é de que o texto saia no DO de amanhã, já que as regras previstas no Decreto 47176, de 21 de julho, são válidas até hoje (5 de agosto). A publicação só deve ser adiada caso os integrantes do Palácio Guanabara decidam fazer, na última hora, modificações mais significativas em relação à norma que está vigorando.

[Atualizado em 06/07/2020, 10:30: DECRETO Nº 47.199 DECRETO N 47199 (3)DECRETO N 47199 (2)

Ascom/CES-RJ

Leia mais: A reabertura das escolas na pandemia é tema de debate ao vivo no CES-RJ na próxima sexta-feira

O grande debate travado na sociedade fluminense que gira em torno a reabertura das escolas públicas e privadas em meio à pandemia do novo coronavírus é o tema da nona Live do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, que vai ao ar na próxima sexta-feira, dia 07 de agosto.

Estarão presentes Izabel Costa, professora de História da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro e professora da Universidade Cândido Mendes de Duque de Caxias. Izabel também é coordenadora-geral do Sepe-RJ e diretora Sinpro-Rio, além de representante do Conselho Municipal de Educação do município de Duque de Caxias e Alessandra Nicodemos, docente da Faculdade de Educação da UFRJ e integrante do Fórum EJA do Rio de Janeiro.

A mediação será feita por Alexandre Vasilenskas, presidente do CES-RJ.

DIA: 07/08/2020

HORÁRIO: 18H

ONDE: Página do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro – RJ no Facebook

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

Leia mais: CISTT realiza reunião ampliada ao vivo no dia 13 de agosto

A Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT) do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (CES-RJ) realiza, na modalidade virtual, no dia 13 de agosto, uma Reunião Ampliada sobre a saúde do trabalhador na pandemia.

Serão convidados representantes de universidades, sindicatos e conselheiros e conselheiras estaduais e municipais de saúde para debaterem sobre o tema, com transmissão ao vivo no canal oficial do Conselho no YouTube (CES-RJ TV).

Os interessados em participar poderão enviar solicitação para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

DIA: 13/08/2020

HORÁRIO: 10H

ONDE? CES-RJ TV NO YOUTUBE

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

Leia mais: Governo do RJ testou menos de 5% da população para Covid-19

No G1

A Secretaria Estadual de Saúde informou que realizou 813.560 testes para verificar a presença do novo coronavírus desde o início da pandemia. Desse total, foram apenas 76,6 mil exames PCR, tipo de teste mais eficaz. Governo Federal diz que enviou mais de 1,2 milhão exames para o RJ. Estado nega

Com aproximadamente 17,2 milhões de pessoas morando no Rio de Janeiro, o governo estadual só realizou testes para checar a presença do novo coronavírus em menos de 5% da população. Mesmo com poucos testes, o decreto que proíbe as aulas presenciais na rede estadual de ensino só vale até o próximo dia 5 de agosto.

Os colégios estaduais ainda não têm data para retomar as aulas, já que o decreto ainda pode ser ampliado e a decisão depende das prefeituras. Na capital, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) já liberou a facultativa da reabertura das escolas particulares, o banho de mar e ampliou o horário de funcionamento de bares e restaurantes.

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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a rede pública fez 813.560 testes no total. Foram 736.960 testes rápidos e apenas 76,6 mil testes PCR, que segundo os especialistas são os mais indicados para verificar se o paciente está com a Covid-19 no momento do exame.

Do total de testes feitos pelo governo estadual, 586.960 kits para exames foram distribuídos pelo Ministério da Saúde (MS). Ou seja, desconsiderando a ajuda federal, o estado só comprou 226.600 testes com recursos próprios.
No início de abril, o então secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, anunciou em coletiva de imprensa que o RJ tinha comprado 1,2 milhão de kits de testagem rápida. Mas o número atual de testes realizados não bate com o anuncio feito pelo ex-chefe da pasta.

Tanto Edmar Santos, como o ex-subsecretário Gabriell Neves, são investigados por irregularidades em compras emergenciais – sem licitação – de 820 mil testes rápidos para detectar Covid-19. O total gasto para adquirir os testes foi de R$ 129,6 milhões.

Especialistas dizem que a estratégia mais eficiente para monitorar a evolução da doença e indicar como deve ser feito o processo de flexibilização das regras de isolamento social é a testagem em massa da população.

“Quanto mais a gente testar melhor vai ser a avaliação, mais informação a gente vai ter, até mesmo para que a gente possa identificar o mais rápido possível os pacientes e isolar os contaminados. Nesse cenário de flexibilização, é fundamental aumentar o número de testes”, disse o diretor médico do Grupo Dasa, Gustavo Campana.

Para Helio Magarinos Torres Filho, diretor médico do Laboratório Richet, os exames mais eficientes para verificar a presença do vírus não custam tão caro, quando são comprados em grande quantidade. Na opinião dele, faltou organização dos gestores para uma estratégia de testagem mais ampla.

“Aqui a questão talvez foi de falta de organização. Só cinco meses depois da chegada do vírus é que os laboratórios (da rede pública) conseguiram fazer uma quantidade maior de exames”, comentou Helio.

Como forma de comparação, o governo alemão testava cerca de 500 mil pessoas por semana nos meses de pico da doença. Mesmo considerando as dimensões de um país como a Alemanha, em comparação com um estado, é possível notar que foram adotadas estratégias diferentes de testagem em massa da população.
Segundo um relatório publicado na revista científica “Nature”, uma das mais importantes do mundo, a menor taxa de mortalidade por Covid-19 está diretamente associada a maior quantidade de testes realizados e a eficácia dos governos.

União diz que enviou mais testes
O Ministério da Saúde apresentou um número diferente de exames realizados no estado do Rio de Janeiro. Segundo o órgão federal, eles enviaram à Secretaria Estadual de Saúde do RJ um total de 1.237.272 testes.

Deste total, foram 588.392 de PCR e 648.880 testes rápidos. A última remessa direcionada ao Rio de Janeiro foi enviada no dia 28 de julho.

Total de testes enviados pelo MS: 1.237.272
Total de testes enviados pelo MS, segundo a SES: 586.960
Total de testes PCR aplicados pelo RJ: 76.600
Total de testes PCR enviados pelo MS: 588.392

Segundo o ministério, os testes são enviados para os estados aos poucos, devido a capacidade reduzida de armazenamento de cada laboratório.

O órgão federal lembrou ainda que a distribuição dos testes PCR para Covid-19 está sendo elaborada conforme solicitação, via Sistema de Insumos Estratégicos em Saúde (SIES).

A Secretaria de Saúde do RJ informou ainda que está previsto o envio de mais testes rápidos, sorológicos e kits PCR pelo MS aos estados, incluindo o Rio de Janeiro.

“A SES esclarece que a testagem em massa da população é uma estratégia a nível nacional, que deve ser definida pelo MS”.

Especialista aponta falhas
Para o infectologista Fernando Chapermann, professor da PUC-Rio, o Brasil e o Rio de Janeiro deveriam aprender com exemplos de outros países. Para ele, a falta de testagem em massa é um exemplo disso.
“Testes positivos confiáveis, poderiam ser utilizados para isolar casos positivos, manter esse grupo de quarentena, e orientar adequadamente a população. Mas o que preferimos fazer: casos suspeitos eram mandados de volta para suas casas, para ficarem aglomerados e sem o adequado distanciamento social, tornando o ambiente das casas um caldeirão de Coronavirus, ambiente ideal para disseminação e transmissão do virus”.

“Conseguimos falhar em todas as etapas: na identificação do caso, na seleção do caso, na testagem, na orientação e no cuidado da pessoa e da família”, Chapermann.

Apesar das críticas, o infectologista acredita que as medidas de flexibilização que vem sendo adotadas no Rio de janeiro não deverão retroceder. O médico acha que vamos aprender a conviver com o coronavírus, assim como aprendemos a conviver com outros vírus que não possuem vacina.

“Costumo citar o vírus sincicial respiratório – VSR, um pneumovirus, causador da temida bronquiolite viral. É uma causa de cerca de 60 mil casos por ano no Brasil, com cerca de 6 mil mortes. Não temos vacina, e acomete principalmente crianças até dois anos. No mundo são contabilizados cerca de 60 milhões de casos de bronquiolite anualmente com cerca de 160 mil mortes. Não vencemos o coronavírus ainda. Mas temos nosso sistema imunitário, capaz de nos proteger e de gerar uma imunidade permanente. Precisamos acreditar no nosso sistema imunológico. Como tudo que é humano, ele não é perfeito, tem falhas. Mas vem nos protegendo enquanto humanidade e enquanto seres vivos há milhares de anos”, comentou Chapermann.

Testes no setor privado
O G1 entrou em contato com trêsgrandes gestores de laboratórios de exames médicos no Rio de Janeiro e constatou que a rede privada realizou mais de 220 mil exames, entre março e julho.

O número é muito próximo do total de testes comprados pelo Governo do Estado (226 mil) com recursos próprios.

A reportagem reuniu dados do Grupo Dasa, responsáveis pelos laboratórios Alta; Sergio Franco; CDPI; Bronstein; Multi-Imagem; e Lâmina. Do Grupo Fleury, gestor dos laboratórios Labs a+; Clínica Felippe Mattoso; e LAFE. E acrescentamos os números do Laboratório Richet, que atende os hospitais da Rede D’or de saúde, incluindo os hospitais de campanha do Rio administrados pela rede particular.

Diante desse levantamento também foi possível observar a queda da taxa de positividade dos testes com o passar da pandemia.

Só no grupo Richet, que realizou 76 mil exames, a taxa de positividade dos exames PCR vem caindo gradativamente. Já os testes de sorologia, aqueles que indicam se a pessoa já teve contato com o novo coronavírus, subiu em junho e apresentou uma queda no mês de julho.

PCR: abril: 47%, maio: 35%, junho: 26% e julho: 10%.
Sorologia: abril: 7%, maio: 17%, junho: 21% e julho: 15%.

Já os exames realizados pelo Grupo Dasa apontaram uma taxa de positividade de 30%, durante toda a pandemia.

“Hoje em dia percebemos que diminuiu a quantidade de pacientes internados. E o estado não está fazendo muitos testes. Só faz em quem procura o hospital. Não testa a população. Faltou uma política de testagem mais ampla”, analisou Helio Magarinos.

Leia mais: Governo do RJ testou menos de 5% da população para Covid-19

Foto: Mauricio Bazilio/SES

Leia mais: Covid-19: programa de testagem domiciliar gratuita é criado no RJ

RJ institui o programa ‘Testagem Domiciliar Para Todos’ para pessoas com sintomas de Covid-19

O governo do estado do Rio de Janeiro publicou hoje no Diário Oficial a criação do programa “Testagem Domiciliar Para Todos’, que tem por objetivo oferecer testes gratuitos para as pessoas que apresentem sintomas da Covid-19. O programa visa a realização de testes laboratoriais gratuitos na residência dos pacientes com sintomas relacionados ao SARS-CoV2 (COVID-19), com base nas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo o governo, a testagem nas casas dos cidadãos auxilia no combate à disseminação da doença ao evitar que suspeitos de portarem o Sars-Cov-2 entrem em contato com um grande número de pessoas nas unidades de saúde e postos de testagem.

OMS recomenda aumento de testagem para países que pretendem relaxar quarentena

‘Sentinelas da Covid-19’ atuam nos domicílios de Maricá

O parágrafo único da Lei diz que “os cidadãos que desejarem fazer o teste domiciliar e via drive-thru precisarão passar por uma avaliação que vai determinar se eles devem ou não participar. Inicialmente, serão priorizadas as pessoas que fazem parte de grupos de risco devido à exposição ao contágio: profissão, condições de saúde, sintomas e idade, a ser determinado pela Secretaria de Estado de Saúde”.

O programa ficará em vigor durante o período de decretação de emergência causada pela pandemia do COVID-19.

Foto: reprodução (original)

Daniel Spirin Reynaldo Spirin/Ascom CES-RJ

Leia mais: Ministério da Saúde tem estoque parado de quase 10 milhões de testes para Covid-19

A pasta adquiriu os testes sem ter a garantia de que haveria os insumos necessários para possibilitar o diagnóstico; número é quase o dobro do distribuído até agora

O  Ministério da Saúde tem um estoque de 9,8 milhões de testes de Covid-19, do tipo RT-PCR, “encalhados” por falta de reagentes, segundo documentos internos da pasta aos quais o Estadão teve acesso. O montante é quase o dobro dos 5 milhões distribuídos pela pasta aos estados e municípios.

A pasta adquiriu os testes sem ter a garantia de que haveria os insumos necessários para possibilitar o diagnóstico. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) , estes produtos não são entregues “com regularidade” pela pasta.

Questionado, o ministério respondeu que teve dificuldades para encontrar todos os insumos no mercado internacional, mas que está estabilizando a distribuição conforme recebe importações de fornecedores. A pasta não respondeu se houve alerta do técnicos sobre os riscos da falta dos reagentes.

OMS insiste que diagnóstico em massa é a melhor forma de conter vírus

Dados apresentados na sexta-feira pelo ministério mostram que o Brasil realizou 2,3 milhões de testes do tipo RT-PCR, sendo 1,4 milhão na rede pública e 943 mil na privada. Além dos exames “padrão ouro”, o país fez outros 2,9 milhões de testes rápidos, que localizam anticorpos para a doença, mas não são indicados para diagnóstico..

Técnicos da Saúde chegaram a projetar que o País realizaria 110,5 mil testes por dia. A média diária em julho, entretanto, foi de 15,5 mil exames, segundo último boletim epidemiológico.

No último dia 17, o ministro interino Eduardo Pazuello minimizou a falta dos testes . “Criaram a ideia de que tem de testar para dizer que é coronavírus. Não tem de testar, tem de ter diagnóstico médico para dizer que é coronavírus. E, se o médico atestar, deve-se iniciar imediatamente o tratamento”, afirmou em entrevista à revista Veja no último dia 17.

A falta dos exames de diagnóstico causa alto número de subnotificação. Até 18 de julho, o Brasil registrou 441.194 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 213.280 para Covid-19. Há ainda mais de 80 mil internações sendo investigadas e 141,6 mil classificadas como síndrome “não especificada”.

Estadão Conteúdo

Leia mais: Hospitais de campanha do estado devem ser desmobilizados até o dia 12 de agosto, diz secretário

Hospital de campanha para pacientes da Covid-19 no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro
Foto: Rogério Santana/Divulgação Governo do RJ

Comunicado sobre o fechamento das unidades foi dado em entrevista coletiva oferecida pelo secretário de saúde do RJ, Alex Bousquet, hoje pela manhã; o titular da pasta disse ainda ‘não acreditar numa segunda onda’ de contágios no estado

A Secretaria de Estado de Saúde do RJ deverá desmobilizar os hospitais de campanha até o dia 12 de agosto. A decisão vale para aquelas unidades que já operam no tratamento das vítimas da Covid-19 e também para as que não ficaram prontas a tempo de assistir à população. O comunicado foi feito pelo próprio secretário de saúde, Alex Bousquet, em entrevista coletiva oferecida hoje (29) na sede da SES/RJ, no Centro do Rio.

Segundo o secretário, “independente do planejamento ter sido equivocado, ele já incluía começo, meio e fim, de acordo com a evolução da epidemia. Essa evolução mostra que nós estamos, assim como outras regiões do mundo inteiro, próximo do fim das unidades de apoio, que aqui foram chamados de hospitais de campanha”. Bousquet afirmou que “há leitos suficientes” para atender pacientes no caso de uma segunda onda da doença.

Uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público e da Defensoria Pública, determina que os hospitais de campanha continuem em funcionamento. A decisão judicial ocorreu após o anúncio, pelo governo, dos hospitais de campanha do Maracanã, na Zona Norte, e em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Neste caso, segundo o secretário, a “argumentação será técnica”.

“Nós tivemos um pico nas duas primeiras semanas de maio e, de lá para cá, nós temos uma curva descendente que já se mostrou confiável”.

‘Não acredito em segunda onda’

Durante a coletiva de imprensa, o secretário se mostrou cético com relação à uma possível segunda onda de contágios da Covid-19.

“Na Região Metropolitana I e na Região Metropolitana II (capital e Grande Niterói), onde vivemos essa primeira onda com muita intensidade, não haverá uma segunda onda”.

Bousquet disse ainda que “a desmobilização dos hospitais de campanha vai fazer com que distribuamos esse material (equipamentos de Saúde) – que é nosso, não é da Organização Social responsável pelo contrato – nos hospitais da nossa rede própria e nos municípios. Fortalecemos os municípios no combate à pandemia. É um legado que vamos deixar. Não teremos mais a lona visível, mas teremos um reforço na saúde dos municípios”, completou.

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Atraso nos pagamentos dos trabalhadores

Com relação aos atrasos nas folhas de pagamento dos profissionais que atuam nas OSs acusadas de irregularidades, Alex Bousquet afirmou que a situação “não nos é indiferente” e que assumiu a pasta no dia 22 com oito dos 40 contratos vencidos, sendo que, atualmente, 38 estão pagos. Bousquet disse que estuda realizar depósitos judiciais para que os trabalhadores recebam independentemente das OSs.

Desde o início da pandemia, o governo estadual projetou 7 hospitais, com valor estimado de cerca de R$ 850 milhões, porém, apenas dois foram entregues parcialmente – Maracanã e São Gonçalo -, sendo pagos até o momento R$ 256 milhões. Além disso, uma série de irregularidades envolvendo gestores públicos da saúde e diretores das OSs e suspeitas de desvios de recursos mediante contratos fraudulentos investigados pelo MP e PGE puseram em xeque o modelo de gestão privada das unidades de saúde em todo o estado.

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

Leia mais: CES-RJ realiza debate sobre o papel dos conselhos profissionais de saúde do RJ durante a pandemia

Na próxima sexta-feira (31), às 19:30, logo após o término da live do Conselho Estadual de Saúde sobre a questão das OSs no estado, o CES realiza um segundo debate, dessa vez no YouTube e com a presença de presidentes dos conselhos profissionais de saúde e membros do Fórum dos Conselhos Profissionais do Rio de Janeiro-FECPR, cujo tema será o papel destes conselhos diante da mais grave crise de saúde pública de todos os tempos: a pandemia do novo coronavírus.

Participarão do debate presidentes dos seguintes conselhos:  Manuela Dolinsky, presidente do Conselho Regional de Nutricionistas-CRN4 e presidente do Fórum dos Conselhos Profissionais do Rio de Janeiro-FECPR, nutricionista e professora da UFF, Esther Araújo, presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia-RJ, Fonoaudióloga e professora da UNIRedentor e Faculdade Unyleya, David Tabak, vice-presidente do Conselho Regional de Química-QIII; vice-presidente do FECPR, químico industrial e ex-diretor do IQ/UFRJ, Jeferson Salazar, arquiteto e urbanista da UFRJ e presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo CAU-RJ, Pedro Paulo Bicalho, psicólogo, presidente do Conselho Regional de Psicologia-RJ e professor da UFRJ, Tania Mouço, farmacêutica, presidente do Conselho Regional de Farmácia-CRF/RJ e professora no curso de Farmácia da Unigranrio. Alexandre Vasilenskas, presidente do CES-RJ, será o mediador.

O debate será transmitido na CES-RJ TV, no YouTube, a partir das 19:30.

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

Leia mais: Debate do CES-RJ aborda a questão das Organizações Sociais no RJ

A sétima live do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro sobre a pandemia do novo coronavírus aborda mais uma vez a questão das Organizações Sociais que atuam na gestão das unidades de saúde do estado. Os escândalos de desvios de recursos públicos veiculados na imprensa, a prisão de diretores destas instituições e as irregularidades nos contratos firmados entre o governo e as empresas serão debatidos na próxima sexta-feira (31) com o jornalista Ruben Berta, editor do Blog do Berta e com o coordenador da Secretaria de Comunicação Social e Divulgação do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro – SinMed, Carlos Vasconcellos.

Sobre os participantes

Carlos é médico sanitarista e médico de família e comunidade, servidor público da prefeitura de Angra dos Reis, professor da Universidade Estácio de Sá e assessor técnico do COSEMS-RJ. Militante do Forum de Saúde e do Coletivo Nenhum Serviço de Saúde a Menos. Berta trabalhou por 17 anos no jornal O Globo, atuando como repórter nas editorias Rio, Nacional e Especial, além da sua passagem pelo The Intercept Brasil. Produz notícias sobre o dia a dia do que gira em torno do Poder Público no Rio de Janeiro, com foco em reportagens investigativas.

Alexandre Vasilenskas, presidente do CES-RJ, será o mediador.

A transmissão do debate ao vivo será realizada na página oficial do Conselho Estadual de Saúde do RJ no Facebook, com início às 18h.

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

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Brasil tem 1.097 mortes em média nos últimos 7 dias; 11 estados estão com mortes subindo; RJ saiu da “estabilidade” para “alta”

A Média móvel dos últimos sete dias é recorde desde o início da pandemia.

Houve um crescimento de 6% em relação aos óbitos registrados em 14 dias – ou seja, ainda num patamar estável. País conta 86.496 óbitos e 2.396.434 infectados com coronavírus, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa.

Por G1

O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h deste sábado (25).
O país registrou 1.111 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 86.496 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.097 óbitos, uma variação de 6% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Sobre os infectados, já são 2.396.434 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 48.234 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 45.884 por dia, uma variação de 23% em relação aos casos registrados em 14 dias.

MÉDIA MÓVEL: Veja como estão os casos e mortes no seu estado

No total, 11 estados apresentaram alta de mortes: PR, RS, SC,MG, RJ, GO, MS, AP, RO, RR, TO.

Em relação a sexta-feira (24), MG, RJ e RR deixaram a lista de estados com estabilidade.

Brasil, 25 de julho

Total de mortes Brasil: 86.496
Mortes em 24 horas: 1.111
Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 1.097 por dia (variação em 14 dias: 6% )
Total de casos confirmados: 2.396.434
Casos confirmados em 24 horas: 48.234
Média de novos casos nos últimos 7 dias: 45.884 por dia (variação em 14 dias: 23%)

(Antes do balanço das 20h, o consórcio divulgou dois boletins parciais, às 8h, com 85.418 mortes e 2.349.302 casos; e às 13h, com 85.562 mortes e 2.355.920 casos confirmados.)

Estados
Subindo: PR, RS, SC,MG, RJ, GO, MS, AP, RO, RR, TO

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Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente: ES, SP, DF, MT, PA, BA, MA, PB, PI, SE

Em queda: AC, AM, AL, PE, CE, RN

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).

Servidores estaduais do RJ retornarão ao trabalho presencial; secretarias divulgarão regras e cronogramas

Banhistas enchem praias do Rio de Janeiro mesmo com proibição

 

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Enfermeiros e técnicos de enfermagem fizeram um ato na entrada do NEMS, onde também se localiza a SES/RJ, no Centro do Rio (Foto: Daniel Spirin/Ascom CES-RJ)

Enfermeiros e técnicos de enfermagem que trabalham nas Organizações Sociais de Saúde no estado entraram em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. O principal motivo para a paralisação dos profissionais é o atraso dos salários que já chega a quatro meses. Um ato reunindo os trabalhadores na porta da SES/RJ marcou o início da greve.

Em assembleia realizada no dia 20, os enfermeiros e enfermeiras e técnicos (as) de enfermagem decidiram cruzar os braços, porém, mantendo 50% do efetivo nos postos de trabalho, conforme prevê a legislação. A opção pela greve veio da impossibilidade de um acordo com o estado e com as OSs, mesmo depois de cinco audiências no Tribunal Regional do Trabalho.

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Ato no Centro do Rio marcou o início da greve dos enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam nas OSs (Foto: Daniel Spirin/Ascom CES-RJ)

Além dos salários atrasados, eles reivindicam pagamento de férias vencidas, regularização de vale-transporte e vale-refeição, verbas rescisórias, manutenção dos vínculos trabalhistas pela CLT e piso estadual. As unidades afetadas: Hospital da Mulher,  Hospital da Mãe, em Saracuruna, Hospital de Anchieta (HTO), Hospital Carlos Chagas, UPA São Pedro da Aldeia, Samu, Hospitais de Campanha.

Governo diz que vai pagar os salários atrasados de funcionários dos hospitais de campanha

A SES comunicou, nesta quarta-feira, que irá pagar os salários atrasados dos funcionários dos hospitais de campanha do Maracanã e de São Gonçalo. Conforme a informação, a quitação das folhas será realizada diretamente na conta corrente dos funcionários e não pelo repasse à organização social Iabas. Cerca R$ 6 milhões serão destinados ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.

O acordo foi obtido em reunião de mediação realizada na tarde de ontem, Secretaria de Estado de Saúde.

Irregularidades nos contratos com Organizações Sociais motivou a suspensão de repasses estaduais

Há cerca de dois meses, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) suspendeu a celebração de contratos estaduais da Saúde com organizações sociais (OSs). O órgão apontou que há indícios de irregularidades nos editais de seleção de empresas. O governo do RJ também interrompeu o pagamento às OSs que, por sua vez, passaram a alegar que não têm dinheiro para honrar os salários dos trabalhadores.

Controladoria do RJ vê suspeita de irregularidade em 99,47% dos contratos da Secretaria de Saúde durante o combate à Covid-19

Já a Controladoria-Geral do Estado encontrou “risco de mau uso do dinheiro público e suspeitas de irregularidades em 99,47% dos contratos e aditivos feitos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro durante o combate à Covid-19”. A SES informou que está revisando todos os contratos assinados de forma emergencial durante a pandemia.

Enquanto uma decisão não chega, diversas categorias de profissionais que atuam nas OSs reclamam dos atrasos nos pagamentos e de demissões em massa.

Daniel Spirin Reynaldo/Ascom CES-RJ

Leia mais: Pacientes renais do RJ descobrem pela internet problema em lote de remédios fornecido pela Rio...

No G1

Gilson Silva, presidente da Associação dos Renais e Transplantados do RJ, disse que um paciente que utiliza o medicamento Sucrofer, o sacarato de hidróxido de ferro, que repõe o ferro no organismo e ajuda a potencializar os efeitos da diálise, descobriu os defeitos.

“Os pacientes ficaram sabendo através de redes de pacientes. Algum paciente descobriu isso e falou pra outro paciente e veio pra gente. Nós começamos a buscar informações sobre isso e realmente existe um problema na qualidade do medicamento que foi relatado pela Claris em 26 de junho e o correto seria a Rio Farmes recolher essa medicação”, diz.

Pelo menos 48 lotes do Sucrofer, importados pela farmacêutica Claris, apresentaram problemas. Parte de um lote, o B5C0284, foi distribuído pela RioFarmes, que não avisou aos pacientes sobre os defeitos.

Um documento enviado pelo laboratório que produz o medicamento informa que o recolhimento voluntário do remédio Sucrofer começou no dia 18 de junho.

O laboratório deixa claro que cabe ao distribuidor informar a quem recebeu o medicamento sobre o processo de recolhimento, e viabilizar as medidas para que o prazo de devolução seja cumprido.

Além disso, solicita que o distribuidor faça contato com todos os clientes e que, caso algum tenha o lote em estoque, o distribuidor deve pedir a devolução imediata e entrar em contato com a farmacêutica que fará a coleta.

Em um e-mail enviado para um das clínicas de hemodiálise, a Rio Farmes afirma que o paciente deve ligar para o laboratório, e que não vai aceitar a devolução do remédio na farmácia.

Alexandre Lenin de Souza é um dos pacientes que faz tratamento renal no Rio de Janeiro, e não sabe como vai conseguir resolver a situação.

“O estado quer que a gente entre em contato com a indústria farmacêutica para fazer a troca dessa medicação, ou seja, transferindo esse problema pra nós, pacientes que fazem hemodiálise. O meu maior medo é que muitos pacientes nem sabem que essas medicações vem com problema”, diz.

O aposentado Everaldo Teodoro, paciente renal há 33 anos, também tenta resolver o problema.

“A gente já vai pra uma máquina fazer diálise três vezes por semana e agora ficar com um medicamento que não podemos comprar, que é um medicamento caro e é um direito nosso”, explica.

O que dizem os citados
A Secretaria Estadual de Saúde disse que o medicamento sacarato de hidróxido de ferro, fornecido pela distribuidora ExFarma e produzido pelo laboratório Claris, está sendo recolhido.

Além disso, informa que está negociando com a distribuidora para que a substituição da medicação aconteça em caráter de urgência. Também solicita às clínicas e pacientes que aguardem novas orientações dos procedimentos a serem adotados.

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